“Eu continuo a escrever daquela maneira, que é aquela que sei e não mudo. Não vou escrever coisas absurdas, como ‘seleção’ sem a dupla consoante. Não sou capaz”, referiu.
Segundo Alegre, o acordo ortográfico “foi muito simplificado” e “muito centrado não propriamente na filologia, na linguística, mas na ortografia”.
“Em nome da globalização, [o acordo] abrasileirou a língua portuguesa, é uma capitulação e uma descaracterização da língua portuguesa. Hoje leio jornais e aquilo parece-me uma caricatura”, acrescentou.
Lembrou que, enquanto deputado, votou contra o acordo ortográfico e sublinhou que quem faz a língua “são os povos, os poetas, as pessoas” e que “a língua portuguesa é tanto mais rica quanto mais diversa”.
A riqueza da língua portuguesa, acentuou, “está no facto de ela ser una no essencial e depois diferente”.
“Eu continuo a escrever no português antigo, como aliás o Fernando Pessoa também escrevia. Fernando Pessoa dizia que a ortografia faz parte da estética da língua”, rematou.
Manuel Alegre falava em Forjães, Esposende, onde foi o convidado da iniciativa cultural “Na minha terra cabe o mundo todo”, promovido pela Junta de Freguesia local e pelas associações ACARF e MarUno.
Segundo Alegre, o acordo ortográfico “foi muito simplificado” e “muito centrado não propriamente na filologia, na linguística, mas na ortografia”.
“Em nome da globalização, [o acordo] abrasileirou a língua portuguesa, é uma capitulação e uma descaracterização da língua portuguesa. Hoje leio jornais e aquilo parece-me uma caricatura”, acrescentou.
Lembrou que, enquanto deputado, votou contra o acordo ortográfico e sublinhou que quem faz a língua “são os povos, os poetas, as pessoas” e que “a língua portuguesa é tanto mais rica quanto mais diversa”.
A riqueza da língua portuguesa, acentuou, “está no facto de ela ser una no essencial e depois diferente”.
“Eu continuo a escrever no português antigo, como aliás o Fernando Pessoa também escrevia. Fernando Pessoa dizia que a ortografia faz parte da estética da língua”, rematou.
Manuel Alegre falava em Forjães, Esposende, onde foi o convidado da iniciativa cultural “Na minha terra cabe o mundo todo”, promovido pela Junta de Freguesia local e pelas associações ACARF e MarUno.
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