terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Prémio Empreendedor para imigrante bielorussa

in diálogos lusófonos

Prémio Empreendedor para imigrante bielorussaYuliya Pozdniak, imigrante bielorrussa de apenas 31 anos, é a grande vencedora do Prémio Empreendedor Imigrante da Plataforma de Imigração. Radicada em Portugal há já onze anos, a jovem designer foi distinguida pela sua “capacidade empreendedora” e “integração proativa e inovadora” no contexto socioeconómico português.

Apesar de ser licenciada em Economia Mundial e Relações Económicas pela Universidade de Gestão da Bielorrússia, Yuliya Pozdniak completou a sua formação em Arte em Computação Gráfica, na Instituição Educacional Staxis, em Minsk, capital da Bielorrússia.

A jovem empreendedora veio para Portugal através de um programa de intercâmbio universitário na cidade do Porto e começou, desde logo, a realizar vários trabalhos como 'freelancer' para empresas do norte do país, todos na área de Web design e de design gráfico.

Mais tarde, conseguiu evoluir na sua colaboração enquanto designer, começando a trabalhar para grandes empresas de moda e estilistas portugueses.

Em 2010, Yuliya criou a sua própria empresa, a Fishartis. Hoje já realizou inúmeros trabalhos de desenvolvimento e de design de diretórios digitais temáticos de natureza corporativa e empresarial e ainda múltiplos projetos sócio-culturais e educativos para a promoção da cultura e do turismo em Portugal.

Foi com grande “admiração” e “contentamento” que a jovem empresária recebeu a notícia de que tinha sido distinguida com este prestigiado prémio português. “Ainda não acredito. Só quando estiver na cerimónia é que vou acreditar”, disse à agência Lusa.

Autarquias de Cascais e Loures premiadas pela integração

Também no âmbito dos prémios da Plataforma de Imigração as Câmaras Municipais de Cascais e Loures vão ser distinguidas enquanto Melhores Práticas Autárquicas por terem desenvolvido os projetos de integração que melhor acolheram os cidadãos imigrantes fixados no concelho.

Serão ainda prestadas duas menções honrosas à Câmara Municipal de Sintra, pelo projecto Capacitação das Associações, e à Câmara Municipal de Mirandela, pelo projecto Guia de Integração do Imigrante.

A cerimónia pública de entrega dos prémios da Plataforma de Imigração realiza-se no dia 16 de Dezembro, pelas 18h, na Fundação Calouste Gulbenkian.
http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Pr%C3%A9mio-Empreendedor-para-imigrante-bielorussa_9262.html

Prémio Empreendedor para imigrante bielorussa

in diálogos lusófonos

Prémio Empreendedor para imigrante bielorussaYuliya Pozdniak, imigrante bielorrussa de apenas 31 anos, é a grande vencedora do Prémio Empreendedor Imigrante da Plataforma de Imigração. Radicada em Portugal há já onze anos, a jovem designer foi distinguida pela sua “capacidade empreendedora” e “integração proativa e inovadora” no contexto socioeconómico português.

Apesar de ser licenciada em Economia Mundial e Relações Económicas pela Universidade de Gestão da Bielorrússia, Yuliya Pozdniak completou a sua formação em Arte em Computação Gráfica, na Instituição Educacional Staxis, em Minsk, capital da Bielorrússia.

A jovem empreendedora veio para Portugal através de um programa de intercâmbio universitário na cidade do Porto e começou, desde logo, a realizar vários trabalhos como 'freelancer' para empresas do norte do país, todos na área de Web design e de design gráfico.

Mais tarde, conseguiu evoluir na sua colaboração enquanto designer, começando a trabalhar para grandes empresas de moda e estilistas portugueses.

Em 2010, Yuliya criou a sua própria empresa, a Fishartis. Hoje já realizou inúmeros trabalhos de desenvolvimento e de design de diretórios digitais temáticos de natureza corporativa e empresarial e ainda múltiplos projetos sócio-culturais e educativos para a promoção da cultura e do turismo em Portugal.

Foi com grande “admiração” e “contentamento” que a jovem empresária recebeu a notícia de que tinha sido distinguida com este prestigiado prémio português. “Ainda não acredito. Só quando estiver na cerimónia é que vou acreditar”, disse à agência Lusa.

Autarquias de Cascais e Loures premiadas pela integração

Também no âmbito dos prémios da Plataforma de Imigração as Câmaras Municipais de Cascais e Loures vão ser distinguidas enquanto Melhores Práticas Autárquicas por terem desenvolvido os projetos de integração que melhor acolheram os cidadãos imigrantes fixados no concelho.

Serão ainda prestadas duas menções honrosas à Câmara Municipal de Sintra, pelo projecto Capacitação das Associações, e à Câmara Municipal de Mirandela, pelo projecto Guia de Integração do Imigrante.

A cerimónia pública de entrega dos prémios da Plataforma de Imigração realiza-se no dia 16 de Dezembro, pelas 18h, na Fundação Calouste Gulbenkian.
http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Pr%C3%A9mio-Empreendedor-para-imigrante-bielorussa_9262.html

Revista ÁFRICA 21 expande-se para o Brasil


Revista ÁFRICA 21 expande-se para o Brasil

A Movimento, empresa proprietária da revista ÁFRICA 21, assinou um contrato com a empresa Belisan, sedeada no Rio de Janeiro, a qual será a representante no Brasil da edição impressa da revista.
Da Redação
 
Brasília - Desde a edição anterior, a revista ÁFRICA 21 passa a contar também com uma terceira impressão, desta feita no Brasil, que se junta assim às duas impressões já existentes: uma em Luanda e outra em Lisboa. 

A ideia é tornar a revista acessível aos leitores brasileiros em tempo útil e a um preço mais reduzido, evitando a demora e os custos resultantes do transporte por via aérea, como até então. Depois de um período experimental de três meses, passaremos gradualmente de cinco mil para 20 mil exemplares, só no Brasil. 

A impressão brasileira será distribuída por correio para os assinantes e será igualmente colocada em algumas livrarias especializadas em revistas internacionais e em temas afro-brasileiros. A médio prazo, poderá ainda ser enviada por correio para assinantes que morem no continente americano, de norte a sul, incluindo o Canadá e os EUA.

A Movimento, empresa proprietária da revista ÁFRICA 21, assinou um contrato com a empresa Belisan, sedeada no Rio de Janeiro, a qual será a representante no Brasil da edição impressa da revista. Cabe-lhe, nomeadamente, administrar a impressão, a comercialização e a distribuição da ÁFRICA 21 no Brasil e nas américas, incluindo a publicidade e as assinaturas.

Mantém-se, entretanto, o acordo de parceria entre a Movimento e a CCA-Consultores de Comunicação Associados, empresa com sede em Brasília, produtora e editora dos portais África21 Digital (www.africa21digital.com) e Portugal Digital (www.portugaldigital.com.br) e das newsletters África 21 Digital e Portugal Digital.

Ao mesmo tempo, a cobertura do Brasil pela revista ÁFRICA 21 deverá aumentar, para poder oferecer aos leitores uma visão mais ampla da realidade do maior país de língua portuguesa, em termos de actualidade, da sua projecção global e das suas relações com a África. Uma atenção particular deverá ser dada à problemática afro-brasileira.

história da ciência dos últimos 40 anos em Portugal

in diálogos lusófonos


Notícias positivas-Arquivo conta a história da ciência dos últimos 40 anos em Portugal

16.12.2011 - 20:41 Por Teresa Firmino

José Mariano Gago nas
 Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnológica, em 1987 José Mariano Gago nas Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnológica, em 1987  (DR)
 Mais de 40 mil pastas 
de documentação, e muitas fotografias, testemunham a história da ciência em Portugal desde 1967, o ano da criação da Junta de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT). O Arquivo de Ciência e Tecnologia abriu as portas à comunidade científica e ao público na cave da sede da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a instituição que é a principal entidade financiadora da investigação portuguesa e que sucedeu à JNICT.
A inauguração do arquivo contou, além de Nuno Crato, atual ministro da Educação e Ciência, José Mariano Gago, o anterior ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O historiador José Mattoso e o antigo Presidente da República Mário Soares também estiveram presentes na inauguração deste arquivo que, nos últimos três anos, centrou as atenções de uma equipa de arquivistas, investigadores e técnicos, formada na sequência de um protocolo entre a FCT e o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. O projeto que foi ainda acompanhado pela Direcção-Geral de Arquivos.

As mais de 40 mil pastas, reunidas desde a criação da JNICT e por várias instituições com um papel no desenvolvimento da ciência em Portugal, encontravam-se dispersas por vários armazéns em Lisboa e nos arredores. É a consulta pública da maior parte deste património relativo às últimas quatro décadas, que pode quantificar-se em cerca de 3,5 quilómetros de documentação, que a partir de agora passa a ser possível.

Além disso, quem quiser pode doar a este arquivo o seu acervo pessoal relacionado com a ciência e tecnologia em Portugal. É o caso de Mariano Gago, que decidiu oferecer ao arquivo o seu espólio. Entre a documentação que ofereceu encontram-se, por exemplo, documentos e fotografias das Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnológica, em 1987, era na altura Mariano Gago presidente da JNICT. Cerca de 20 fotografias das jornadas, doadas por Mariano Gago, estão agora expostas na FCT.

Ainda hoje, essas jornadas — que reuniram em Lisboa a então pequena comunidade científica portuguesa para se apresentarem propostas de desenvolvimento da ciência no país — estão na memória de muitos investigadores. “Foram uma oportunidade única de reunir a comunidade científica, que na altura era mais pequena e trabalhava em condições menos interessantes do que agora”, lembra João Sentieiro, actual presidente da FCT e que esteve naquelas jornadas. “Foi possível fazer uma reflexão profunda, que marcou muito as políticas de ciência adoptadas de então para cá.”

Para desvendar as histórias da ciência em Portugal, a FCT vai também lançar bolsas de doutoramento e mestrado para investigação histórica. O despacho que cria as Bolsas José Mattoso para Investigação em História, nome que pretende homenagear o historiador português, foi assinado em 16 de dezembro de 2011 .




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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

15 professores para Timor


 Recrutamento de Prestadores de Serviços


"O Departamento de Educação da Universidade de Aveiro publicita o seu interesse potencial e futuro no recrutamento de 15 prestadores de serviços, no âmbito do Projecto Reestruturação Curricular do Ensino Secundário Geral em Timor-Leste. O processo de aceitação de candidaturas decorre de 1 a 15 de fevereiro. 

ensino a distância Instituto Camões


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Instituto Camões
Formação a distância
Janeiro de 2012

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Exmo/a Senhor/a
dr chrys chrystello

O Instituto Camões destaca neste boletim informativo:


 
 
Ensino a distância: Centro Virtual Camões abre candidaturas para novos cursos

Com vista à abertura do 2.º semestre do ano letivo 2011/2012, estão a decorrer até ao dia 14 de fevereiro, no Centro Virtual Camões, candidaturas para os seguintes cursos:
 
 
Cursos de especialização (creditados com ECTS)
 
  • 102_12 Curso de especialização pós-graduado em Cultura Portuguesa Contemporânea
  • 103_12 Estudos Pós-Coloniais: Atlânticos Sul
  • 401_12 Tradução e Tecnologias de Informação Linguística
 
 
Cursos de formação contínua de professores (creditados pelo CCPFC)
 
  • 202_12 MIPL2.0 - Materiais Interativos para Português Língua Segunda na web 2.0
  • 203_12 Laboratório de Escrita Criativa - Nível Introdutório
  • 206_12 Meio Século de Literatura Portuguesa (1880-1930)
 
 
Cursos de Português para fins específicos
 
  • 305_12 Laboratório de Escrita Jornalística
  • 208_12 Laboratório de Escrita Criativa - Nível Avançado
 
 
Cursos de Português para estrangeiros
 
  • 302_12 Portuguese for foreigners, level 1
  • 303_12 Portuguese for foreigners, level 2
  • 304_12 Português para estrangeiros, nível 3
  • 307_12 Português para Negócios
 
 
Candidaturas a abrir brevemente:
 
  • Pragmática Linguística e Ensino do Português: A Comunicação Oral e Escrita (curso creditado pelo CCPFC)
  • A Nova Norma Ortográfica da Língua Portuguesa (curso creditado pelo CCPFC)
 
 
 
 
     
 
 
© Instituto Camões, 2012
 
 

escolas em timor


<http://3.bp.blogspot.com/-rpRfNEPD7Jw/TyaBnxtvC9I/AAAAAAAAC6s/evqFZ7KkaaU/s
1600/ministro_educacao_crato_Timor_Leste+Joao+C%C3%A2ncio+de+Freitas_Lusa.jp
g> 


 

 

Díli, 26 jan (Lusa) - O ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato, e o
seu homólogo timorense, João Câncio, inauguraram hoje no distrito de Ermera
a Escola de Referência de Gleno.

O estabelecimento de ensino de Gleno é a primeira de cinco Escolas de
Referência a inaugurar pelo ministro da Educação português, seguindo-se a de
Same, Baucau, Maliana e Oecussi.

Recebidos por centenas de alunos e populares, o ministro da Educação
português, Nuno Crato, destacou o seu "contentamento" por Timor-Leste ter
decidido continuar a usar a língua portuguesa.

"Para nós é com muito contentamento que vemos que agora Timor Lorosae, país
independente, continua a usar português como língua de ensino, por decisão
própria, por decisão vossa", afirmou o ministro Nuno Crato.

"Devo dizer-vos que uma das primeira decisões que tomei como ministro foi
continuar o acordo com o ministro João Câncio e aprovar a nossa colaboração
com a Escola de Referência de Ermera", sublinhou.

O ministro da Educação timorense, João Câncio, disse que o projeto das
Escolas de Referência é de "fundamental importância para o desenvolvimento
do sistema de ensino em Timor-Leste".

"Serão estas escolas que servirão para impulsionar o desenvolvimento de
todas as outras escolas do nosso sistema de ensino aqui no nosso país",
salientou.

O objetivo de ambos os governos é ter uma Escola de Referência em todos os
distritos de Timor-Leste até 2014.

As Escolas de referência são escolas oficiais timorenses, onde será estudado
o currículo nacional timorense e que serão geridas por professores
portugueses e de Timor-Leste.

Naquelas escolas vão lecionar professores portugueses e timorenses.

As escolas de referência vão servir de referência para todas as outras
escolas do sistema de ensino timorense, ajudando-as a melhorar para que,
segundo o ministro da Educação de Timor-Leste, todo o sistema de ensino
possa ter os "níveis internacionais de qualidade".

O projeto da Escolas de Referência, assinado em setembro entre os
ministérios da Educação de Portugal e de Timor-Leste, inclui 50 professores
portugueses e está orçado em 2,4 milhões dólares, 1,5 milhões de dólares
garantidos pelo Estado português.

MSE.

Lusa/Fim


--
Publicada por LenaLorosae em UMA LULIK
<http://umalulik.blogspot.com/2012/01/ministros-da-educacao-portugues-e.html
a 1/30/2012 11:41:00 AM 
 

 







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Guerra de Grafias, Conflito de Elites


O Arquivo Digital da Academia Galega da Língua Portuguesa disponibiliza o conjunto documental  2012-01-19 - Mário J. Herrero Valeiro: Guerra de Grafias, Conflito de Elites, com materiais da apresentação no passado 19 de janeiro na Corunha do livro do autor, publicado por AGAL / Através Editora. O conjunto inclui: a gravação em áudio MP3 das intervenções de Ramiro Torres Maceiras, Celso Alvarez Cáccamo e Mário Herrero, e do debate com as participações de Manuel Miragaia Doldán, António Gil Hernández e Fernando Vásquez Corredoira; o texto em PDF da intervenção de Mário Herrero; e uma fotografia em JPG de Ramiro e de Mário, da autoria de Elvira Varela Leal. As intervenções iniciais duram 27 minutos, e o colóquio posterior uns 43 minutos. O ficheiro de áudio é grande (169 MB) para preservar a melhor qualidade possível.

A ligação é:  http://arquivo.academiagalega.org/xmlui/handle/123456789/396 . Roga-se difusão desta informação na página da AGLP e no Portal Galego da Língua.

A língua portuguesa pode ser alavanca de globalização


A língua portuguesa pode ser alavanca de globalização

Quem o diz é o indiano Dipak C. Jain, reitor da escola de negócios internacional INSEAD. 


Conselho prático: procure alianças no Brasil, um dos BRIC, que fala a mesma língua


"As marcas e empresas portuguesas que possam tornar-se globais associando-se com entidades brasileiras deverão fazê-lo", refere ao Expresso Dipak C. Jain, reitor do INSEAD, a escola internacional de negócios criada em 1957 em França e que tem polos em Singapura e no Abu Dhabi.
"Dado que o Brasil está a atrair atenção global, será bom para as empresas portuguesas associarem-se com as brasileiras em iniciativas específicas e serem um parceiro nesta jornada global. Por exemplo, usando a língua portuguesa como um elemento de trabalho em conjunto", explica o professor indiano.
Moral da história: A língua tem valor de mercado internacional e pode servir de alavanca em alianças com o Brasil com vista à globalização de marcas e empresas portuguesas. O português é uma das línguas globais e o facto de o Brasil ser hoje uma das potências emergentes dos BRIC (acrónimo para Brasil, Rússia, Índia e China) pode ser útil à estratégia de projeção global dos empresários portugueses.
Além do mais, Portugal foi a primeira potência global a desenvolver uma rede internacional que tocou os espaços do mundo que hoje formam três dos quatro BRIC.


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/a-lingua-portuguesa-pode-ser-alavanca-de-globalizacao=f701906#ixzz1kvqKi5K8

Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)
9:13 Domingo, 29 de janeiro de 2012


Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/a-lingua-portuguesa-pode-ser-alavanca-de-globalizacao=f701906#ixzz1kvq608Ee

domingo, 29 de janeiro de 2012

Angola - Lei sobre Estatuto das Línguas Nacionais em estudo

diálogos lusófonos escreve


      Angola - Lei sobre Estatuto das Línguas Nacionais em estudo

Qual é o ponto da situação linguística do país?
Angola é um país plurilingue, onde coexistem a língua portuguesa e as línguas nacionais.

Quantos idiomas existem no país e quais são os mais falados?
As línguas nacionais de Angola pertencem a duas famílias diferentes: a primeira é a família das línguas «khoisan», faladas pelos bochimans, caçadores recolectores; a segunda, é família das línguas «Bantu», à qual pertence a maioria das línguas nacionais do país.
As línguas khoisan têm como característica principal a utilização de clic’s. Elas são faladas por alguns milhares de locutores disseminados pela parte Sul de Angola e pertencem a dois sub-grupos linguísticos diferentes: o khoisan setentrional ou !khung e o khoisan central. As línguas bantu estendem-se por todo o território nacional, sendo algumas delas comuns a determinados países vizinhos.

Quantos têm alfabeto?
Foram aprovados, a título experimental, pela Resolução nº 3/78, de 23 de Maio de 1987, do Conselho de Ministros, os alfabetos das línguas nacionais kikongo, kimbundu, umbundu, cokwe, oxikwanyama e mbunda e suas respectivas regras transcrição.

Que acções existem ao nível da formação de quadros em linguística?
Com o surgimento da Faculdade de Letras e Ciências Sociais o problema ficou basicamente resolvido, através da formação de quadros com o nível de licenciatura em Línguas e Literaturas Africanas. O maior problema prende-se com a colocação de quadros seleccionados para ingressarem no ILN. De acordo com as instruções em vigor no país tudo depende das quotas que o MAPESS disponibiliza anual ou as vezes bianualmente e que estão muito longe de satisfazer as nossas necessidades.
Qual é o seu ponto de vista sobre a problemática linguística em Angola, uma vez que tem sido motivo de vários argumentos, até mesmo de polémicas no seio social, político, académico e não só? 
Ó maka twala nayu (É o problema que estamos com ele) e que mais cedo ou mais tarde iremos resolvêlo.

Que estudos foram realizados no domínio linguístico e quais foram as conclusões?
Histórico Sobre a Criação dos Alfabetos em Línguas Nacionais; Esboço Fonológico; Alfabeto. São estas obras que deram lugar aos alfabetos das línguas nacionais que atrás referimos.

Que acções existem ao nível da protecção jurídica das línguas nacionais de Angola?
Está a ser submetido, neste momento, o Ante-Projecto de Lei Sobre o Estatuto das Línguas Nacionais, uma premissa fundamental para a protecção jurídica das línguas nacionais com vista à sua salvaguarda, valorização e promoção.

Quando é que foi fundado o ILN e como está estruturado?
O Instituto de Línguas Nacionais, abreviadamente ILN, foi criado em 1978, através do decreto nº 62 de 6 de Abril, sob tutela do Ministério da Educação, cujas atribuições prendiam-se essencialmente com a investigação científica no domínio da linguística e integrava, na sua estrutura orgânica, entre outros, um Departamento de Línguas Nacionais e outro de línguas estrangeiras.
Em 1985, o Conselho de Defesa e Segurança, através do Decreto nº 40 de 18 de Novembro extingue o Instituto Nacional de Línguas e cria o actual Instituto de Línguas Nacionais, sob tutela do Ministério da Cultura. Este instituto tem como finalidade estudar cientificamente as línguas nacionais, contribuir para a sua normalização e ampla utilização em todos os sectores da vida nacional e desenvolver estudos sobre a tradição oral.
Do ponto de vista da investigação científica, o ILN compreende dois departamentos: o Departamento de Linguística Descritiva e Aplicada e o Departamento de Documentação e Tradição Oral.
‘EXISTEM MUITO POUCOS INVESTIGADORES’
Quantos investigadores têm?
Neste momento temos muito poucos ou quase nada. Tirando o Director Geral, o ILN conta apenas com um número bastante reduzido de recém-formados em linguística africana pelo ISCED-Luanda e pela Faculdade de Letras e Ciências Sociais.

Quais são de momento as grandes preocupações do ILN?
Temos dificuldades na colocação de quadros e na obtenção de financiamentos para a execução do projecto de elaboração e publicação de gramáticas, léxicos e dicionários.

Qual é a meta a atingir proximamente?
A curto prazo, a uniformização e estandardização das ortografias das línguas nacionais; a médio prazo, publicação das gramáticas das línguas nacionais e de léxicos temáticos língua nacional/português e vice-versa.

Quantos elementos formaram desde a fundação do Instituto?
O ILN formou, não muitos mas um número considerável de quadros no domínio da linguística africana e das técnicas de recolha da tradição oral, mas que infelizmente, por razões de ordem social, abandonaram a instituição. Estou a falar de quadros de nível médio e superior. Só para lhe dar um exemplo, os quadros que hoje dirigem a área da linguística africana e das línguas nacionais, em particular saíram do ILN.

O ILN realizou recentemente na cidade do Uíge o IV Encontro Sobre as Línguas Nacionais. Quais foram os objectivos do encontro e a que conclusões chegaram?
O IV Encontro sobre as Línguas Nacionais teve como objectivo principal a actualização dos dados sobre a situação sociolinguística de Angola, de forma a permitir ao Instituto de Línguas Nacionais a elaboração de um Plano de Acção Linguística para Angola.
O encontro foi bastante proveitoso, na medida em que permitiu reunir numa só mesa e ao mesmo tempo representantes de todas as províncias do país, à excepção de Cabinda e Bié. Foi possível recolherse, de uma só vez, o máximo de dados possíveis sobre a situação sociolinguística de cada uma das províncias representadas.

O que nos tem a adiantar sobre o seu lema?
O lema do IV Encontro enquadrase no espírito da Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural que, no seu Artigo 2 (Da diversidade cultural ao pluralismo cultural), diz o seguinte: «Em nossas sociedades, cada vez mais diversificadas, tornase indispensável garantir uma iteracção harmoniosa entre pessoas e grupos com entidades culturais a um só tempo plurais, variadas e dinâmicas, assim como sua vontade de conviver. As políticas que favoreçam a inclusão e a participação de todos os cidadãos garantem a coesão social, a vitalidade da sociedade civil e a paz».

Quais foram os pontos fortes do evento?
As contribuições dadas pelos participantes das províncias e as conferências apresentadas pelos investigadores convidados ao encontro.
Augusto Nunes
8 de Novembro de 2010
16:04
 
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O espaço Diálogo_Lusófonos 

Ministra da Cultura defende estatuto para as línguas nacionais




SOCIEDADE
5 de Dezembro de 2011

Ministra da Cultura defende estatuto para as línguas nacionais

Ministra da Cultura garante estatuto para as línguas nacionais

A Ministra da Cultura e historiadora , Rosa Cruz e Silva, afirmou, em entrevista ao espaço “Grande Entrevista” do Canal 2 da TPA, que as línguas nacionais estiveram e ainda estão subalterizadas.
A ministra defende a necessidade de dar-lhes um estatuto proprio, dignificá-las e valorizá-las porque são um património material de Angola.
Rosa Cruz e Silva considera a inexistência de estudos das línguas nacionais, uma falta de valorização dos homens que são o veículo de cultura.


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O espaço Diálogo_Lusófonos tem por objetivo promover o intercâmbio de opiniões
"Se as coisas são inatingíveis... ora!/Não é motivo para não querê-las.../
Que tristes os caminhos se não fora/A mágica presença das estrelas!" Mário Quintana
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sábado, 28 de janeiro de 2012

DEBATE DO MANIFESTO AICL 2012)



TEMAS 17º COLÓQUIO ABRIL 2012 LAGOA

      1.   LUSOFONIA, LITERATURA, ENSINO, FORMAÇÃO, GEOGRAFIA HUMANA E A LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO.

                  Subtemas
1.1. A (defesa e preservação da) LÍNGUA PORTUGUESA EM TEMPO DE CRISE qualquer que seja o país ou região onde haja LUSOFALANTES (DEBATE DO MANIFESTO AICL 2012)
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DEBATE DO MANIFESTO AICL 2012



Os colóquios da lusofonia criados em 2001 passaram a associação cultural e cientifica sem fins lucrativos em 1 de janeiro de 2011, pretendemos continuar a aproximar povos e culturas no seio da grande nação dos lusofalantes, independentemente da sua nacionalidade, naturalidade ou ponto de residência, todos unidos pela mesma língua.
Em poucos anos os Colóquios já se afirmaram (sem custos para o Ministério da Cultura, Instituto Camões e outras entidades) como a única realização regular, concreta e relevante em Portugal sobre esta temática, sendo totalmente independentes de quaisquer forças políticas ou institucionais. Asseguram essa sua “independência” e sobrevivência através do pagamento das inscrições dos participantes e apoios protocolados especificamente para cada evento que é concebido e levado a cabo por uma rede organizativa de voluntários. Esta independência permite a participação de um leque alargado de oradores, sem temores nem medo de represálias dos patrocinadores institucionais sejam eles governos, universidades ou meros agentes económicos. Ao nível logístico, temos o apoio das autarquias locais que decidem apostar na divulgação e realização deste importante evento. Debatem-se as problemáticas da língua portuguesa, em articulação com outras comunidades como agentes fundamentais de mudança. Apesar do caráter vincadamente independente dos Colóquios, temos estabelecido parcerias e protocolos que nos permitam embarcar em projetos mais ambiciosos e com a necessária validação científica.
Em Portugal não há uma política de língua. Enquanto as Letras se mantiverem subalternas como mera Secção da Academia das Ciências é imperioso que esta seja mais atuante na defesa da língua e das suas variantes face aos desafios que os políticos não conseguem afrontar. A vetusta Academia tem de ser pró-ativa em vez de reativa. O futuro e a preservação da língua não se compadecem com esperas nem vivem de glórias passadas. Portugal está irremediavelmente atrasado. Não pode esperar mais. Por isso sonhámos ainda hoje com a criação de uma Academia das Letras, uma Academia da Língua, independente, sem sujeições a projetos estatais ou outros.
Desde 2009 que temos a nossa Homenagem Contra O Esquecimento, que começou então, entre outros, com Carolina Michaёllis, Leite De Vasconcellos, Euclides Da Cunha, Agostinho Da Silva, Rosália De Castro. Em 2010 criámos um Caderno de Estudos e Literatura de matriz açoriana estando já disponíveis 14 edições, vários suplementos e vídeo-homenagens a autores açorianos que servem não apenas de iniciação para aqueles que querem ler autores açorianos mas também de suporte ao curso AÇORIANIDADES E INSULARIDADES que temos na Universidade do Minho.
Apoiamos os Seminários de Lexicologia da AGLP para mostrar o nosso continuado apoio à novel academia numa época conturbada relativamente à situação da língua portuguesa na Galiza. É de extrema importância manter estes vínculos ativos entre as organizações. Em 2010 e 2011 mantivemos a homenagem contra o Esquecimento que incluiu nomes como Vasco Pereira da Costa, Cristóvão de Aguiar, Dias de Melo, e Daniel de Sá. Igualmente começámos a fazer Sessões de Esclarecimento em liceus e universidades e Sessões de Poesia sendo a mais memorável aquela onde se declamaram poemas de Vasco Pereira da Costa incluindo uma vídeo homenagem ao autor e a declamação ao vivo do seu poema “Ode ao Boeing 747”, lida em 11 das 14 línguas para que foi traduzido pelos Colóquios (Alemão, Árabe, Búlgaro, Catalão, Castelhano, Chinês, Flamengo, Francês, Inglês, Italiano, Neerlandês, Polaco, Romeno, Russo). Estamos a traduzir autores em sete línguas (Búlgaro, Romeno, Italiano, Russo, Francês, Polaco e Esloveno) e continuamos a lutar pela imediata inclusão da ACADEMIA GALEGA DA LÍNGUA PORTUGUESA na CPLP com o estatuto de observador. Trabalhamos na compilação de uma Lexicopédia Contrastiva da língua Portuguesa e disponibilizámos em linha as publicações de trabalhos das Atas/Anais, na nossa página. Depois de irmos a Santa Catarina, Brasil em 2010 em 2011 fomos a Macau e à ilha de Santa Maria, onde se lançou a Antologia (Bilingue) de Autores Açorianos Contemporâneos enquanto a AGLP disponibilizava os seus meios técnicos para a página oficial da AICL, numa nova plataforma. Iniciaram-se contactos para a edição no Brasil dos autores açorianos apoiados pelos Colóquios (Daniel de Sá, Eduardo Bettencourt Pinto e Vasco Pereira da Costa, entre outros). e fez-se uma proposta ao município de Vila do Porto (mas que se pretende extensivo a todas as nove ilhas) para a criação de ROTEIROS CULTURAIS como aquele que experimentalmente ali fizemos no ano passado, antes de regressarmos como filhos pródigos a esta casa paterna da Lagoa.


Gostava de vos dizer que, em minha opinião, a crise do país é mais do que tudo uma crise de ideias, de líderes, de pensadores e intelectuais, aliada ao capitalismo selvagem, dito neoliberalismo, que desde os anos 90 vem tomando dos meios de produção globais e manipulando os governos do mundo ocidental.
O país precisa de mais de se servir dos seus “sages” para usar um termo francês em vez do mais habitual pensadores ou filósofos que não incluiria todos os que pretendo incluir. Um conselho de sábios, por assim dizer seria aquilo que o país necessita para vencer a crise e sairmos da podridão da partidarite viciada em cunhas, nepotismo e esquemas. Teríamos depois, de estabelecer consensos alargados e um plano de mudança e ação a muito longo prazo e buscar a força e iniciativa dos mais jovens para as levar a cabo. 
Não devemos deixar que Portugal se perca na sua atual insignificância quando grande parte da sua história foi feita de grandes homens que se sobrepuseram, pela sua visão, a gerações de séculos de Velhos do Restelo. São estes que hoje guiam os nossos filhos e netos para uma subserviência e dependência total ao grande capital internacional sem esperanças de uma vida melhor. Trata-se de um retrocesso ao pior da Grande Revolução Industrial ou rumo a uma criação de novos servos da gleba, automatizados, controlados e vigiados, mas sobretudo intelectualmente deficientes.
A receita universalmente seguida é a da ignorância, em que quase todos hoje vivem, aliviada com um voyeurismo exacerbado em Big Brother e quejandos, e outras telenovelas da vida real que a TV projeta incessantemente nas horas poucas de lazer. Acrescentemos a esta fórmula mágica o entorpecimento futebolístico que ajuda a exacerbar paixões e ventilar frustrações recalcadas e temos o caldo mágico para as gerações futuras.
Um sistema educacional e cultural forte seria a base para partirmos para o futuro em que ainda acreditamos. Temos alguns exemplos de gente excecional, mas infelizmente a grande maioria emigrou e faz carreira no estrangeiro porque este país só apoia a mediocridade. Tratou-se de alunos que se não contentaram com a mediocridade do ensino e brilharam sem se deixarem enredar na modorra anquilosante dos que os governam. É esta situação de exceção que nos traz algumas esperanças. A minha geração e, antes dela, a dos nossos patronos foi criada na certeza de que nada era fácil nem havia almoços grátis. Havia trabalho, muito e mal pago, e a réstia de esperança de que este fosse reconhecido pois todas as promoções eram a pulso na longa escalada que encetámos. Assim, essa geração subiu a novos patamares à custa de trabalho, esforço, estudo e aprendizagem contínua. Tínhamos coisas sagradas a que chamávamos princípios e ética. Líamos, debatíamos, estudávamos e continuávamos a aprender toda a vida. Nada era fácil. Hoje constata-se o que foi feito nas últimas duas décadas para destruir o tecido escolar, com a facilitação extrema apenas para falsificar estatísticas, programas especialmente elaborados para ninguém ficar para trás, uma redução substancial da quantidade e conteúdo de matérias a aprender, o lento esquecimento a que a História foi votada porque os nossos antepassados eram politicamente incorretos, a marginalização da Filosofia porque poderia levar os jovens a pensar e os maus tratos dados à Língua Portuguesa. Temos hoje uma vasta gama de professores incultos, e a maioria dos alunos analfabetos funcionais incapazes de compreender ou debater o que leem. Os autores que estudamos foram substituídos para que hoje fosse quase impossível criar uma geração filológica-linguística como a do Cenáculo ou até mesmo compreender esse fenomenal, extraordinária e inexplicável centro de espírito e de estudo, de fantasia, de ideias numa sociedade banal como era a de Lisboa naquela época. O Cenáculo era uma reunião permanente de jovens em casa de Antero, dia e noite, todos tinham ali os seus melhores livros, notas, provisões de princípios e de tabaco. Cada um deles possuía conhecimentos profundos sobre, pelo menos, uma das ciências base que são a matriz do conhecimento: física, química, matemáticas, filosofia, direito, história e linguística. Quando Antero regressa do estrangeiro pleno de ideias e leituras novas é como que a vinda do Rei Artur à Corte de Camelot e daí nasceram as Conferências do Casino, cheias de cultura europeia, de fervor revolucionário, da romanesca efervescência intelectual e sentimental. Essa geração de jovens tentou trazer algo de novo e bom à nossa cultura, debatendo o Estado da Nação. As Conferências do Casino podem considerar-se um manifesto de geração. Perdoem esta curta digressão para vos explicar o que pretendo. Denominam-se assim por terem tido lugar numa sala alugada do Casino Lisbonense e foram uma série de cinco palestras realizadas em Lisboa no ano de 1871 pelo grupo do Cenáculo formado, por sua vez, pelas mesmas pessoas, que constituem a Geração de 70. Antero é o grande impulsionador desde 1868, iniciando os outros membros do grupo em Proudhon. A 18 de maio 1871 foi divulgado o manifesto, já anteriormente distribuído em prospetos, e que foi assinado pelos doze nomes que tinham intenções organizadoras destas Conferências Democráticas.
22 de maio[Lince1]  de 1871
A 1ª Conferência: "O Espírito das Conferências", proferida por Antero de Quental consistiu num desenvolvimento do programa previamente apresentado. Antero referiu-se à ignorância e indiferença que caracterizava a sociedade portuguesa, falando da repulsa do povo português pelas ideias novas e na missão de que eram incumbidos os "grandes espíritos" e que consistia na preparação das consciências e inteligências para o progresso das sociedades e resultados da ciência. Para Antero o ponto fulcral seria a Revolução, o seu conceito, que define como um conceito nobre e elevado. A conclusão da palestra termina com o apelo às "almas de boa vontade" para meditarem nos problemas que iriam ser apresentados e para as suas possíveis soluções.
27 de maio de 1871
2ª Conferência: "Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos últimos três séculos" também proferida por Antero. Em primeiro lugar Antero julga a História, como uma entidade, o juízo moral, social e político. Em seguida enumera e discute as causas da decadência. Aponta o Absolutismo, a Monarquia Absoluta que constituía a "ruína das liberdades sociais", o centralismo imperialista que coartara as liberdades nacionais, rumo a uma cega submissão; por fim, o desenvolvimento de hábitos prejudiciais de grandeza e ociosidade que conduziram ao esvaziamento de população de uma nação pequena, substituindo o trabalho agrícola pela procura incerta de riqueza, a disciplina pelo risco, o trabalho pela aventura. Para Antero a solução destes problemas seria:
" (...) a ardente afirmação da alma nova, a consciência livre, (...), a filosofia, a ciência, e a crença no progresso, na renovação incessante da humanidade pelos recursos inesgotáveis do seu pensamento, sempre inspirado. (...) a federação republicana de todos os grupos autonómicos, de todas as vontades soberanas, alargando e renovando a vida municipal (...) à inércia industrial oponhamos a iniciativa do trabalho livre, a indústria do povo, pelo povo, e para o povo, não dirigida e protegida pelo Estado, mas espontânea (...), organizada de uma maneira solidária e equitativa..."[1] A conclusão insere uma dimensão progressista, a instauração de uma revolução, a ação pacífica, a crença no progresso inspirado na moralização social (Proudhon), num tom idealista e retórico.
5 de junho de 1871
3ª Conferência: "A Literatura Portuguesa" proferida por Augusto Soromenho, professor do Curso Superior de Letras que faz uma crítica aos valores da literatura nacional. Cita a negação sistemática dos valores literários nacionais, excetuando escritores como Luís de Camões, Gil Vicente e poucos mais. Tem a sua vertente revolucionária ao inculcar a ideia de que a literatura portuguesa deverá ter caráter nacional mas pautada por valores universais. O modelo e guia desta renovação salvadora da literatura nacional seria Chateaubriand, com o conceito de Belo absoluto como ideal da literatura, constituindo esta um retrato da Humanidade na sua totalidade.
12 de junho de 1871[2]
4ª Conferência: "A Literatura Nova ou o Realismo como Nova Expressão de Arte" por Eça de Queirós salientou a necessidade de se operar uma revolução na literatura. A revolução é um facto permanente, porque manifestação concreta da lei natural de transformação constante, e uma teoria jurídica, pois obedece a um ideal, a uma ideia. É uma influência proudhoniana. O espírito revolucionário tem tendência a invadir todas as sociedades modernas, afirmando-se nas áreas científica, política e social. A revolução constitui uma forma, um mecanismo, um sistema, que também se preocupa com o princípio estético. O espírito da revolução procura o verdadeiro na ciência, o justo na consciência e o belo na arte. A arte, nas sociedades, encontra-se ligada ao seu progresso e decadência e o artista sob a influência do meio, dos costumes do tempo, do estado dos espíritos, do movimento geral… Foca ainda as relações da literatura, da moral e da sociedade. A arte deve visar um fim moral, auxiliando o desenvolvimento da ideia de justiça nas sociedades. Fazendo a crítica dos temperamentos e dos costumes, a arte auxilia a ciência e a consciência.
19 de junho  de 1871
5ª Conferência: "A Questão do Ensino" proferida por Adolfo Coelho traça o quadro desolador do ensino em Portugal, mesmo o superior, através da História. A solução proposta passa por uma mais ampla liberdade de consciência. Para Adolfo Coelho do Estado nada havia a esperar. Tomando isto em consideração, o remédio seria apelar para a iniciativa privada, para que esta difundisse o verdadeiro espírito científico, o único que beneficiaria o ensino.
26 de junho de 1871
Quando Salomão Saragga se preparava para realizar a sua Conferência "História Crítica de Jesus", o Governo, mandou encerrar a sala do Casino Lisbonense e proibir as Conferências. No mesmo dia Antero redige um protesto no café Central, hoje Livraria Sá da Costa.

Vivemos hoje uma encruzilhada como a da Geração de 1870 e das Conferências do Casino, sendo a enumeração de problemas bem semelhante à de então. Embora maioritariamente preocupados com os aspetos mais vastos da Língua Portuguesa, linguística, literatura, história, também nós constituímos um grupo heterogéneo unidos apenas naquilo que nos é comum, a língua de todos nós. A nossa língua configura o mundo, sem esquecer porém que Wittgenstein disse que o limite da nossa nacionalidade é o limite do nosso alcance linguístico.
Os Colóquios são uma prova insofismável de que tudo é possível com custos mínimos desde que se dê liberdade às pessoas para criarem no seio da nossa associação projetos com os quais se identifiquem e que se destinam a pensar e debater amplamente, de forma científica, a nossa fala comum: a Língua Portuguesa de forma conducente ao reforço dos laços entre os lusofalantes – no plano linguístico, cultural, social, económico e político – na defesa, preservação, ensino e divulgação da língua portuguesa e todas as suas variantes. Em defesa da Lusofonia, defendemos a nossa identidade como pessoas e povos, e em prol da variada língua comum com todas as suas variantes e idiossincrasias, impedindo que outras culturas e outros povos nos dominem cultural, económica ou politicamente, como alguns, ostensiva e claramente, defendem.
É aqui no nosso seio de oradores, patronos e patronos especiais como os que aqui temos hoje, que nos podemos afirmar como plataforma de arranque de uma congregação de um Conselho de Sábios e de jovens cultos e dinâmicos para pensar e agir rumo ao futuro sem nos deixarmos abater pelo negativismo da crise que visa embotar a nossa capacidade de realização.
Resumidamente foi isto que os colóquios fizeram ao longo de uma década, numa prova da vitalidade que a sociedade civil atuante pode ter quando se congregam vontades e esforços de tantos académicos e investigadores como aqueles que hoje dão vida aos nossos projetos.
Resta apenas que todos os que aqui estão se juntem à AICL – Colóquios da Lusofonia para fazermos chegar o nosso MANIFESTO a toda a gente e aos governos dos países de expressão portuguesa e que este sirva de ponto de partida para o futuro que ambicionamos e sonhamos. Com a vossa ajuda e dedicação muito mais podemos conseguir como motor pensante da sociedade civil.


A diferença entre os países pobres e os ricos não é a idade do país. Isto está demonstrado por países como o Egito, que têm mais de 5.000 anos, e são pobres. Por outro lado, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, que há 200 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos. A diferença entre países pobres e ricos também não reside nos recursos naturais disponíveis. O Japão, possui um território limitado, 80%  montanhoso, inadequado para a agricultura e para a criação de gado, mas é a segunda economia mundial. O Japão é uma imensa fábrica flutuante, que importa matéria-prima do mundo inteiro e exporta produtos manufaturados. Outro exemplo é a Suíça, que não planta cacau, mas tem o melhor chocolate do mundo. No seu pequeno território, cria animais, e cultiva o solo apenas durante quatro meses ao ano. No entanto, fabrica laticínios da melhor qualidade. É um país pequeno que passa uma imagem de  segurança, ordem e trabalho, pelo que se transformou no cofre-forte do  mundo. No relacionamento entre gestores dos países ricos e os seus homólogos dos países pobres, fica demonstrado que não há qualquer diferença intelectual. A raça, ou a cor da pele, também não são importantes: os imigrantes rotulados como preguiçosos nos seus países de origem, são a força produtiva dos países europeus ricos. Onde está então a diferença? Está no nível de consciência do povo, no seu espírito. A evolução da consciência deve constituir o objetivo primordial do Estado, em todos os  níveis do poder. Os bens e os serviços, são apenas meios… A educação (para a vida) e a cultura ao longo dos anos, deve plasmar consciências coletivas, estruturadas nos valores eternos da sociedade: moralidade, espiritualidade, e ética. Solução-síntese: transformar a consciência do Português. O processo deve começar na comunidade onde vive e convive o cidadão. A comunidade, quando está politicamente organizada em Associação de Moradores,Clube de Mães, Clube de Idosos, etc., torna-se um micro-estado. As transformações desejadas pela Nação para Portugal, serão efetuadas nesses micro-estados, que são os átomos do organismo nacional – confirma a Física Quântica. Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue o paradigma quântico, isto é, a prevalência do espírito sobre a matéria, ao adotarem os seguintes princípios de vida:
1. A ética, como base;
2. A integridade;
3. A responsabilidade
4. O respeito às leis e aos regulamentos;
5. O respeito pelos direitos dos outros cidadãos;
6. O amor ao trabalho;
7. O esforço pela poupança e pelo  investimento;
8. O desejo de superação;
9. A pontualidade;
Somos como somos, porque vemos os erros e só encolhemos os ombros e dizemos: “não interessa!...” A preocupação de todos, deve ser com a sociedade, que A preocupação de todos deve ser com a sociedade, que é a causa, e não com a classe política, que é o triste efeito. Só assim conseguiremos mudar o Portugal de hoje. Vamos agir! Reflitamos sobre o que disse Martin Luther King: " O que é mais preocupante, não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, ou dos sem ética. O que é mais preocupante, é o silêncio dos que são bons…"






     Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.        


[1] QUENTAL, Antero de, 2ª Conferência: Causas da Decadência dos Povos Peninsulares, Casino Lisbonense, 27 de maio de 1871 in MEDINA, João, Eça de Queiroz e a Geração de 70, Lisboa, Ed. Moraes, 1980, 1ª ed., pp. 157-158.