quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Há portugueses espalhados por 140 países do mundo



Há portugueses espalhados por 140 países do mundo

emigração
Trabalhar no estrangeiro
Portugal tem emigrantes em 140 países do mundo. A França lidera, sendo a nação que concentra mais portugueses, com 567 mil. Santa Lúcia ou ilhas Maurícias são os Estados que registam menos emigrantes, com cerca de 50. Os dados são do Observatório da Emigração mas, nesta fase, não reflectem ainda a realidade dos luso-descendentes.

O nosso País tem emigrantes em 140 dos 190 países do mundo. Os destinos da emigração portuguesa que mais cresceram nos últimos anos foram Espanha, Reino Unido e Angola.

Em Espanha, o número de emigrantes portugueses quase duplicou passando de 71 mil em 2004 para 136 mil em 2008, enquanto que no Reino Unido passou de 68 mil para 77 mil e em Angola de 17 mil em 2006 para 23 mil em 2008.

Este movimento é traduzido também no crescimento das remessas de dinheiro para Portugal, que no caso de Angola subiram na ordem dos 40 por cento, de 20 mil euros para 70 mil euros em dois anos.

Nesta primeira fase, o Observatório da Emigração reuniu dados recolhidos junto dos organismos de estatística nos vários países, com as inscrições consulares e dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), numa tentativa de quantificar o número de emigrantes portugueses no mundo.

O site (www.observatorioemigracao.secomunidades.pt) disponibiliza ainda informação sobre associações portuguesas no estrangeiro, uma base de dados dos estudos sobre emigração portuguesa e, mensalmente, uma entrevista com um investigador com trabalho nesta área.

«A página entrou on-line com informação sobre os 140 países onde há portugueses. A prioridade foi organizar este instrumento e através dele identificar esta rede de representação de Portugal no mundo por via dos seus emigrantes e depois de termos esta rede disponível avançar para um trabalho mais sistematizado de estudo e caracterização da comunidade», afirmou o secretário de Estado das Comunidades, António Braga.

O governante adiantou que, com os dados disponíveis, não é ainda possível validar a estimativa de 4,5 ou cinco milhões de portugueses tradicionalmente apontada por entidades oficias de especialistas na área da emigração, sublinhado que falta «identificar a zona de penumbra» que constituem os luso-descendentes.

«O número global dos portugueses lá fora tem que levar em linha de conta a perspectiva dos nascidos em Portugal mas temos que somar ainda os que já nasceram lá fora e cujo apuramento é mais difícil, uma vez que se confundem as nacionalidades», explicou.

Por outro lado, António Braga destacou a disparidade entre os números apontados para a África do Sul e os apurados pelo Observatório. «Falava-se em 500 mil ou 600 mil emigrantes e, segundo estes dados, na melhor das projecções são 200 mil», acentuou.

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