quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fagner canta Florbela Espanca

domingo, 5 de fevereiro de 2012 Fagner canta Florbela Espanca FANATISMO* Florbela Espanca** Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida. Meus olhos andam cegos de te ver. Não és sequer razão do meu viver Pois que tu és já toda a minha vida! Não vejo nada assim enlouquecida... Passo no mundo, meu Amor, a ler No mist'rioso livro do teu ser A mesma história tantas vezes lida!... "Tudo no mundo é frágil, tudo passa..." Quando me dizem isto, toda a graça Duma boca divina fala em mim! E, olhos postos em ti, digo de rastros: "Ah! podem voar mundos, morrer astros, Que tu és como Deus: princípio e fim!..." (FLORBELA Espanca. Organizado por Maria Lúcia Dall Farra. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73. [Nossos Clássicos, nº 121]) _______________________________ * Publicado no "Livro de Sóror Saudade". ** Poetisa e contista portuguesa. Nasceu em 1894 na Vila Viçosa (Alentejo). Principais obras: Livro de Mágoas (1919), Livro de Sóror Saudade (1923), Charneca em Flor (1931), Juvenília (1931), As Máscaras do Destino (1931), Diário de Último Ano (1981), O Dominó Preto (1982) e Trocando Olhares (1994). Morreu em 1930 na cidade de Matosinhos.

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