A MONTE E À TOA
CERTEZA VELHA EM NAUFRÁGIO Foto de Urbano Bettencourt
olhos de pedra por empréstimo os peço a quem os tem seus para a certeza velha de que o vento e o mar sempre me encontram no resistente abraço de antes
olhos de pedra voltados ao mar e sem que de nuvens pesadas de chumbo os possa afastar fechado horizonte
cuido que o mar por segredo é que guarda este branco de antes muito antes de terra para que venha nas vagas oferecer a meus olhos a verdade do vento sobre ele e meu corpo
e juntos o mar e o vento confortam o sisífico naufrágio em que me embarcaram desde sempre embarcaram
uns olhos de pedra ao mar e ao vento voltados e eu confortando em silêncio e distância com a velha certeza a dor das partidas R. V.
Cada palavra destas é uma pedra que atiras ao meu futuro, que já não tem nada do ar longínquo que tinha. Grande abraço do onésimo
Responderretribuir sem demora este abraço sem demora enviado e neste momento recebido... com um pedido de desculpa: pedras não queria atirar... deixá-las presas ante o mar das ilhas e para o além dele o que atirar sejam hortênsias... mm
Faço minhas as palavras do Onésimo, mas recebo de bom grado e sem demora as hortênsias e os abraços do Anónimo que os atira, devolvendo-lhos com o dobro da força para que possa resistir ao vento e recuperar o branco que existe ainda e que ajuda a resistir ao naufrágio. M J Ruivo
Respondernão há olhos de pedras que resistam a estes mares não há ventos que resistam a estes olhos não há terra que resita a este sortilégio açórico
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