Dilma Rousseff homenageia economista luso-brasileira Maria da Conceição Tavares
ABr
Maria da Conceição Tavares
Portuguesa de nascimento e naturalizada basileira, Conceição Tavares, além de professora universitária, já foi deputada federal eleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
O país vive uma “benigna” transformação de subordinação da lógica econômica à agenda dos valores indissociáveis da democracia e da inclusão social.
“Não admitimos mais a possibilidade de construir um país forte e rico dissociado de melhorias das condições de vida da nossa população, tampouco acreditamos mais na delegação da condução de nosso crescimento exclusivamente às forças de autorregulação do mercado”, disse a presidente.
“Não acreditamos mais que poderíamos nos desenvolver sem nos libertarmos das amarras que nos prendiam a interesses nacionais em outras regiões do mundo”, completou Dilma.
O Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia reconhece pesquisadores brasileiros pelo trabalho em prol do avanço da ciência e pela transferência de conhecimento da academia ao setor produtivo.
A iniciativa é do Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Na edição de 2011, o prêmio contemplou a área de ciências humanas, sociais, letras e artes.
Nascida em 1930 em Anadia, região centro de Portugal, Maria da Conceição Tavares foi professora da presidente Dilma Rousseff. É graduada em matemática e economia e doutora em economia da indústria e da tecnologia. Fez estudos acadêmicos nas universidades de Lisboa, Paris II e Federal do Rio de Janeiro. Ao longo da sua vida recebeu vários prêmios e distinções.
A economista, que participou ativamente da luta contra a ditadura no Brasil e o regime fascista em Portugal, publicou dezenas de artigos em livros e publicações nacionais e estrangeiras, além de publicar e organizar mais de dez livros e capítulos em mais de 20 livros.
Um dos seus textos mais importantes é Auge e Declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil – Da Substituição de Importações ao Capitalismo Financeiro, publicado em 1972. O processo de desenvolvimento econômico do Brasil sempre foi uma das suas maiores preocupações acadêmicas.
Em entrevista publicada em agosto do ano passado pela revista Carta Maior, a economista faz reflexão sobre a crise internacional. "Não é um fascismo explícito, como se viu na Europa, em 30. Até porque o nazismo, por exemplo – e isso não abona em nada aquela catástrofe genocida, postulava o crescimento com forte indução estatal. O que se tem hoje é o horror de um vazio político de onde emergem as criaturas do Tea Party e coisas assemelhadas na Europa. Não há ruptura na crise, mas sim, permanência e aprofundamento. Será uma crise longa, penosa, desagregadora, mais próxima da Depressão do final do século XIX, do que do crack de 1929”. Com informaões da ABr.
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