Fecha a sua edição impressa outro jornal diário, o Galicia Hoxe, como sinal claro da etapa na política autonómica em que vivemos, raivosamente antigalega. Esta notícia, acrescentada a outros sintomas negativos que já vínhamos percebendo há alguns anos, simboliza o ponto e final de uma estratégia de "normalización linguística" orientada à socialização do galego desde as instituições oficiais, a quem muitas entidades associativas cederam o protagonismo de infinidade de iniciativas, a legitimidade no ditado das normas linguísticas, o patrocínio económico. Isto é, a responsabilidade nos termos mais amplos e o controlo da situação. Essa estratégia, promovida especialmente por sectores adscritos à UPG, que sacralizava a iniciativa estatal ou autonómica (do estado espanhol!!!) e condenava a priori qualquer iniciativa privada, (no privado está o pecado, no estatal reside a virtude), ficou agora fora de jogo, fora de lugar. Não é por acaso que nunca se criou uma rede de ensino em galego. Portanto, indignemo-nos e reclamemos - não por meios institucionais, mas pela via dos factos- a devolução da língua à sociedade, a devolução da iniciativa, a responsabilidade e a gestão, até onde nos for possível, à iniciativa privada, cooperativa ou socializada, mas sempre independente dos poderes públicos. Não só é a única garantia de futuro, é a única possibilidade de avançarmos na construção da língua e do país. Ângelo Cristóvão
terça-feira, 28 de junho de 2011
Galicia Hoxe fecha
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