domingo, 26 de junho de 2011
O EXTERMÍNIO DOS GALEGOS/AS
1.- Uma pessoa sem língua não é pessoa; talvez seja escrava ou,
ao menos, submisso submetido às pessoas com língua.
2.- Desde muito tempo atrás o reino bourbónico e as escassas
repúblicas espaÑolas procuraram fazer da/os Galega/os pessoas sem
língua. (Deixemos de lado o conto, bourbónico espaÑol, de
"propia": a língua é sempre própria, quer dizer, língua, ou
sempre imprópria, quer dizer, dialeto. Mas não pode ser língua
a reduzida a dialeto.)
3.- O processo para lograr que as pessoas galegas ficassem sem língua
foi variado:
a) Estabelecer que a língua eficaz não é a sua, mas a
importada, a invasora. Assim os reis catódicos.
b) Obrigar a aprender a língua culta, a latina, desde a língua
importada ou invasora. Assim Carlos III, segundo denunciava Fr. Matinho
Sarmento.
c) Impedir que a língua usual da gente fosse aprendida nas escolas,
enquanto nelas apenas era ensinada a invasora, a importada, já
tornada na única importante. Assim desde a Ley Moyano (1857) (Lembrem
que a Gaita Gallega e Cantares Gallegos envolvem essa data, 1853-1863,
ao mesmo tempo que se acham envolvidos pela situação política e
cultural de que surge la Ley.)
d) Obrigar não só a aprender a língua invasora, mas a usá-la
em exclusivo onde quer, salvo (talvez) nos âmbitos da família.
Assim desde a II Restuauración boubónica, com a leve parêntese
da II República.
e) Reduzir a língua "propia" a simples dialeto, na formalização e
nos usos, administrativos ou não, e continuar o processo de
imposição, excludente, da língua invasora, sentida cada vez menos
invasora. Assim desde os últimos tempos do franquismo (Ley Villar
Palasí) e em toda a duradoira "transición democrática" e
bourbónica até hoje.
4.- Está servido e avançado o processo exterminador do Galego,
duplo, na formalização e nos usos (nisso que se denomina, mal,
"normativización" e "normalización"), e portanto da/os Galega/os.
Lição moral ou moral: Galega/os, não permitais que vos "suicidem".
Fazei o possível e o impossível por viverdes, apenas por viverdes
em liberdade.
ANTONIO GIL HERNANDEZ
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