A forma como dois jornais portugueses cobriram o referendo de 1999 em Timor-Leste, onde os timorenses votaram pela independência, e os violentos acontecimentos que se seguiram, são os pontos de partida para uma reflexão mais alargada sobre a natureza do poder dos media no livro “Quando Timor-Leste foi uma causa” do jornalista João Manuel Rocha, informa a revista Briefing. De acordo com o texto de apresentação, esta obra “propõe pistas de reflexão sobre a intensa cobertura jornalística do referendo de 1999. Timor-Leste tornou-se um “monotema” da informação nos media portugueses, quase eclipsando a outra actualidade e contaminando, ou até ocultando, a campanha para as eleições legislativas em Portugal”. Segundo a revista Briefing, a hipótese trabalhada no livro é a de os jornais portugueses Diário de Notícias e Público terem procurado sintonizar-se com o sentimento emotivo de solidariedade para com Timor-Leste. Os media podem influenciar-nos não só sobre o que pensar e como pensar mas também o que fazer e como agir. É a partir destas constatações que o livro ensaia uma reflexão sobre a natureza do poder dos media. João Manuel Rocha é, desde 1989, jornalista do Público tendo feito parte da equipa fundadora do jornal. Iniciou a sua carreira em 1984, ainda na agência Anop. Com a sua extinção, passou para os quadros da Lusa. Licenciado em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, tem um Mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, do ISCTE, e uma pós-graduação organizada pelo ISCTE e pela Escola Superior de Comunicação Social. Desde 2000 que é professor na Universidade Autónoma de Lisboa. O livro, editado pela MinervaCoimbra, será apresentado hoje, no Atrium Saldanha, Lisboa. SAPO TL com Briefing
terça-feira, 21 de junho de 2011
O poder dos media no referendo de 1999
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