terça-feira, 21 de junho de 2011

O poder dos media no referendo de 1999

A forma como dois jornais portugueses cobriram o referendo de 1999 em
Timor-Leste, onde os timorenses votaram pela independência, e os violentos
acontecimentos que se seguiram, são os pontos de partida para uma reflexão
mais alargada sobre a natureza do poder dos media no livro “Quando
Timor-Leste foi uma causa” do jornalista João Manuel Rocha, informa a
revista Briefing.

De acordo com o texto de apresentação, esta obra “propõe pistas de reflexão
sobre a intensa cobertura jornalística do referendo de 1999. Timor-Leste
tornou-se um “monotema” da informação nos media portugueses, quase
eclipsando a outra actualidade e contaminando, ou até ocultando, a campanha
para as eleições legislativas em Portugal”.

Segundo a revista Briefing, a hipótese trabalhada no livro é a de os jornais
portugueses Diário de Notícias e Público terem procurado sintonizar-se com o
sentimento emotivo de solidariedade para com Timor-Leste. Os media podem
influenciar-nos não só sobre o que pensar e como pensar mas também o que
fazer e como agir. É a partir destas constatações que o livro ensaia uma
reflexão sobre a natureza do poder dos media.

João Manuel Rocha é, desde 1989, jornalista do Público tendo feito parte da
equipa fundadora do jornal. Iniciou a sua carreira em 1984, ainda na agência
Anop. Com a sua extinção, passou para os quadros da Lusa. Licenciado em
Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, tem um Mestrado em
Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, do ISCTE, e uma
pós-graduação organizada pelo ISCTE e pela Escola Superior de Comunicação
Social. Desde 2000 que é professor na Universidade Autónoma de Lisboa.

O livro, editado pela MinervaCoimbra, será apresentado hoje, no Atrium
Saldanha, Lisboa.

SAPO TL com Briefing 

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