Segunda-feira, 29 de Outubro de 2012
Residência oficial de Emília Pires custou ao povo timorense 1.5 milhões de dólares
Residência oficial da ministra das Finanças |
Lisa Fernandes
De acordo
com uma fonte próxima do ministério das Finanças, a residência oficial
da ministra Emília Pires, situada em Motael, custou ao povo timorense a
"módica" quantia de um milhão e meio de dólares americanos, foi-me dito
também que quem está a construir é um amigalhaço da senhora ministra,
Filomeno Andrade.
Enquanto ainda estava a tentar "digerir" esta informação da obscenidade
da Emília Pires, eu lembrei-me de que Ramos-Horta participou numa noite
de beneficência organizada pelas irmãs Carmelitas, em Melbourne,
Austrália, onde angariaram a astronómica quantia de 130 mil dólares, que
irá ter como fim ajudar os estudantes de Zumalai.
"... Este dinheiro vai construir três novas salas de aula na Escola
Primária Católica em Zumalai; um lar para acomodar 15-20 crianças das
aldeias da periferia, muitas destas crianças caminham cerca de duas
horas por dia para frequentar a escola e ainda dez bolsas de estudo de
nível superior para jovens adultos para frequentarem uma escola técnica
ou uma universidade".
Embora admire muito os esforços de Horta, as duas situações que escrevi em cima são um paradoxo, não são? São, são...
Como é que é possível que tenhamos de nos sujeitar à caridade de
estrangeiros para obtermos 130 mil dólares, para ajudarmos na educação
das crianças timorenses, quando a ministra das Finanças tem direito a
uma residência oficial, paga com o dinheiro de todos os timorenses, no
escandaloso valor de 1.5 milhões de dólares americanos? Absurdo,
simplesmente absurdo!
Enquanto a medíocre da ministra das Finanças tem o direito a uma vida de
luxúria à custa do dinheiro deste povo pobre e miserável , o canalha do
ministro da Educação pomposamente anunciou que o problema da merenda
escolar já tinha sido resolvido, alocaram 15 cêntimos diários para cada
estudante! Escandaloso! Imoral! Cruel!
A maioria da população é tão pobre que muitas vezes não tem NADA vezes
NADA para comer. Entre esta gente FAMINTA E POBRE encontram-se milhares e
milhares de crianças inocentes, muitas delas já estão CONDENADAS por
este governo a viver desnutridas e muitos destes meninos sofrem de raquitismo,
uma doença extremamente grave que vai deixar sequelas irreversíveis na
vida destas crianças. Infelizmente, a situação atual do povo tende a
agravar e não a melhorar, como nos mentem descaradamente.
Os "governantes" continuam a pretender que Timor é um paraíso e a trampa
do crescimento económico de dois dígitos (já mete nojo esta conversa) é
a medida pela qual se regem, para dizerem ao mundo que são fantásticos,
que Timor-Leste é o país das maravilhas. Enquanto isso, a população vai
padecendo das mais graves maleitas e é impedida de usufruir de bens
básicos de sobrevivência a que tem direito, como a água potável, alimentação, habitação condigna, canalização e cuidados médicos.
Emília Pires para o Orçamento Geral do Estado para 2012 apenas alocou
três milhões de dólares (seis no total) para a Educação e Saúde, e o
Estado timorense constrói uma residência oficial para esta medíocre
habitar, no valor de um milhão e meio de dólares americanos?
Descaramento! Desumanidade!
Os 130 mil dólares australianos que Ramos-Horta angariou na Austrália
vão ajudar em tantos aspetos a melhorar a vida de algumas crianças e de
alguns jovens, imaginem o que poderia ajudar a quantia que foi alocada
para a residência oficial da ministra das Finanças.
José Ramos-Horta no seu discurso
em Melbourne disse no tocante à Educação em Timor-Leste o que muitos
veem, mas que cobardemente não vomitam cá para fora, ele não teve papas
na língua e a bem do povo timorense, eu tenho a esperança de que ele
continue a falar e a denunciar, porque o mundo acredita nele! Mas
cuidado...
Em baixo uns excertos do discurso de Ramos-Horta.
"O sistema de ensino do governo está a falhar as crianças e a falhar o futuro de Timor Leste", acrescentou."
"Outra grande questão importante que tem tido um impacto no sistema de
ensino em Timor-Leste é a contínua disputa sobre as "línguas maternas".
Enquanto o debate sobre as "línguas maternas" continua, milhares de
crianças estão a perder uma educação vital devido à falta de
professores, salas de aulas em que um professor está a tentar ensinar
turmas de 100 ou mais alunos, ou então um dos maiores problemas que
Timor-Leste está a enfrentar, as crianças não vão à escola devido à
pobreza básica."
As causas do insucesso escolar em Timor-Leste são a falta de infraestruturas
nas escolas, FOME e a MISÉRIA que afligem os alunos timorenses, essa é
que é a grande verdade, alguns camuflam este problema com as línguas
oficiais, porque existem pessoas sem escrúpulos a quem interessa que
seja assim. Enquanto não combaterem estas pragas que infetam diariamente
as nossas crianças nada vai mudar, NADA! PAREM DE MENTIR, SEUS
SACANAS!
Tinha muitas esperanças de que este governo pudesse ser diferente do da
AMP (ingenuidade a minha...), mas infelizmente, pelo andar da
carruagem, a merda é a mesma, senão pior!
Residência da ministra das Finanças ainda vai criar polémica dentro do país
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Suara Timor Lorosae - Segunda, 19 de novembro de 2012 - Tradução de TIMOR HAU NIAN DOBEN
Díli - A
representante do povo no Parlamento Nacional, a deputada da bancada do
CNRT, Brígida Correia, afirmou que até agora o povo vive na pobreza e na
miséria, por este motivo, a residência da ministra das Finanças (MF)
ainda vai criar polémica no país.
A deputada Brígida fez estas declarações relativamente à residência da
ministra das Finanças que tem três andares e um elevador.
De acordo com ela, o povo ainda vive na pobreza e na miséria, "Este é
que é um grande problema, o povo viver ainda nestas condições mas, nós
fazemos casas como a da MF".
Porque a ministra das Finanças não é um cargo permanente, este caso
ainda vai criar polémica dentro do país, principalmente com o nosso
povo, que ainda vive na pobreza e na miséria mas, nós gozamos em cima do
povo, isto é o que eu pessoalmente questiono", declarou a deputada
Brígida ao STL na passada segunda-feira, no Parlamento Nacional.
De acordo com ela (deputada), não há nenhuma diferença entre a ministra
das Finanças e os outros órgãos de soberania, por este motivo ela apela
ao governo para refletir este problema porque o povo ainda enfrenta
muitos problemas.
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