in diálogos lusófonos
Alvo de controvérsia e ressentimento entre os países de língua portuguesa, o novo acordo ortográfico deverá ter a implementação adiada no Brasil por meio de decreto. O assunto foi discutido anteontem (28) na reunião entre representantes do Ministério das Relações Exteriores, Cultura, Educação e Casa Civil, mas a decisão caberá à presidente Dilma Rousseff, que dará a palavra final.
A previsão era a de que a transição entre a norma ortográfica em vigor e a nova fosse concluída em 31 de dezembro de 2012. Mas o governo já admite alterar a implementação do acordo para 1º de janeiro de 2016 - um tempo extra de três anos. O Itamaraty ficará encarregado de construir o texto do novo decreto.
O cronograma de implementação foi assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro de 2008 na Academia Brasileira de Letras.
Na terça-feira (27), a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ouviu o apelo por um prazo maior de uma comitiva formada pelos senadores Lídice da Mata (PSB-BA) e Cyro Miranda (PSDB-GO) e pelo professor Ernani Pimentel, idealizador do movimento "Acordar Melhor", que propõe a simplificação ortográfica.
"Não houve planejamento para que o acordo fosse implementado. Assinaram há quatro anos esse acordo com essa data, mas ninguém se mobilizou para colocá-lo em prática. As coisas foram andando a passo de tartaruga" - critica o senador Miranda.
Ele completa: "Imaginem um vestibular sem os alunos saberem as regras".
Entre outras coisas, o acordo ortográfico suprime o trema - a exceção fica nos casos de nomes estrangeiros - retira o acento dos ditongos abertos "ei" e "oi" das palavras paroxítonas (como assembleia e ideia), altera as regras do hífen e inclui as letras "k", "w" e "y" no alfabeto português.
A seu turno, o Ministério da Educação informou que todos os livros didáticos do ano que vem vão respeitar o novo acordo.
Para Pimentel, as autoridades brasileiras estão percebendo que há necessidade de fazer ajustes. "O grande problema desse acordo é que veio fora de época, nasceu velho, o estudante de hoje quer raciocinar para entender, não quer decorar. Como vou ensinar que cor de capim é sem hífen, cor de qualquer coisa é sem hífen, mas cor-de-rosa é com hífen?" - critica.
[Fonte: www.espacovital.com.br]
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Alvo de controvérsia e ressentimento entre os países de língua portuguesa, o novo acordo ortográfico deverá ter a implementação adiada no Brasil por meio de decreto. O assunto foi discutido anteontem (28) na reunião entre representantes do Ministério das Relações Exteriores, Cultura, Educação e Casa Civil, mas a decisão caberá à presidente Dilma Rousseff, que dará a palavra final.
A previsão era a de que a transição entre a norma ortográfica em vigor e a nova fosse concluída em 31 de dezembro de 2012. Mas o governo já admite alterar a implementação do acordo para 1º de janeiro de 2016 - um tempo extra de três anos. O Itamaraty ficará encarregado de construir o texto do novo decreto.
O cronograma de implementação foi assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro de 2008 na Academia Brasileira de Letras.
Na terça-feira (27), a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ouviu o apelo por um prazo maior de uma comitiva formada pelos senadores Lídice da Mata (PSB-BA) e Cyro Miranda (PSDB-GO) e pelo professor Ernani Pimentel, idealizador do movimento "Acordar Melhor", que propõe a simplificação ortográfica.
"Não houve planejamento para que o acordo fosse implementado. Assinaram há quatro anos esse acordo com essa data, mas ninguém se mobilizou para colocá-lo em prática. As coisas foram andando a passo de tartaruga" - critica o senador Miranda.
Ele completa: "Imaginem um vestibular sem os alunos saberem as regras".
Entre outras coisas, o acordo ortográfico suprime o trema - a exceção fica nos casos de nomes estrangeiros - retira o acento dos ditongos abertos "ei" e "oi" das palavras paroxítonas (como assembleia e ideia), altera as regras do hífen e inclui as letras "k", "w" e "y" no alfabeto português.
A seu turno, o Ministério da Educação informou que todos os livros didáticos do ano que vem vão respeitar o novo acordo.
Para Pimentel, as autoridades brasileiras estão percebendo que há necessidade de fazer ajustes. "O grande problema desse acordo é que veio fora de época, nasceu velho, o estudante de hoje quer raciocinar para entender, não quer decorar. Como vou ensinar que cor de capim é sem hífen, cor de qualquer coisa é sem hífen, mas cor-de-rosa é com hífen?" - critica.
[Fonte: www.espacovital.com.br]
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