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A presidência angolana da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) decidiu adiar a reunião extraordinária sobre o Acordo Ortográfico, que estava marcada para o dia 15 de Março.
O encontro tinha sido pensado para que os responsáveis pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) viessem a Lisboa explicar de que forma está a avançar a construção de um Vocabulário Ortográfico de Língua Portuguesa (VOLP) comum a toda a lusofonia – um instrumento essencial para que o Acordo entre em vigor. Segundo fonte oficial da CPLP, no encontro deveriam participar os técnicos que estão a criar o novo VOLP: «Viriam explicar o processo e apresentar o processo».
A mesma fonte adiantou, contudo, ao SOL que «a reunião foi adiada sem data», uma vez que a presidência angolana da CPLP entendeu que era importante esperar pelos resultados do Conselho de Ministros da Educação da CPLP que vai ter lugar nos dias 28 e 29 de Março em Luanda.
«Uma avaliação sobre o estado de aplicação e ratificação do Acordo Ortográfico, com especial ênfase na elaboração dos Vocabulários Ortográficos Nacionais e do Vocabulário Ortográfico Comum» são, de acordo com o anúncio da CPLP, os pontos mais importantes daquela reunião de ministros da Educação.
A decisão de adiar a reunião extraordinária surge na semana em que as declarações do secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas causaram polémica, ao admitir «alterações ao Acordo». E depois de terem sido publicados dois editoriais no Jornal de Angola – país que, a par com Moçambique, ainda não ratificou o acordo – contra a nova ortografia.
Ao SOL, fonte do gabinete de Francisco José Viegas desvaloriza a polémica, lembrando que até 2015 «é possível efectuar ajustamentos em alguns casos, relacionados com as palavras de dupla grafia e as sequências consonânticas». SOL
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