Morreu o homem que proclamou a independência de Timor em 1975
Francisco Xavier do Amaral era candidato às presidenciais de dia 17.
06-03-2012 7:31
Morreu Francisco Xavier do Amaral, um dos dirigentes históricos timorenses. Foi ele que, em 1975, proclamou a independência do território, antes da invasão da Indonésia. Estava internado há vários dias no Hospital de Díli.
Xavier do Amaral morreu hoje, aos 78 anos. Foi também um dos fundadores da associação social-democrata timorense, que viria a transformar-se na Fretilin.
Era agora um dos candidatos às eleições presidenciais em Timor-Leste de dia 17. O representante da sua candidatura já afirmou que vão apoiar outro candidato, mas ainda não sabem quem.
"Estamos a pensar dar voto de confiança, mas ainda não decidimos a que candidato", afirmou Arlindo Marçal.
A campanha eleitoral começou a 29 de Fevereiro e termina a 14 de Março. Francisco Xavier do Amaral, internado há uma semana, não estava a participar nas acções.
A doença do primeiro Presidente timorense levou o Parlamento a reunir-se de emergência para alterar a lei eleitoral para o Presidente da República, que previa a marcação de uma nova data para as eleições por incapacidade ou morte de algum candidato.
Conselho de Estado timorense perde dois elementos em menos de um mês
O Conselho de Estado de Timor-Leste, órgão consultivo do Presidente timorense, perdeu dois elementos em menos de um mês, depois da morte dos conselheiros Francisco Xavier do Amaral, hoje, e de João Carrascalão, em Fevereiro.
Francisco Xavier do Amaral fazia parte do Conselho de Estado por ser o primeiro Presidente de Timor-Leste. João Carrascalão tinha sido designado pelo Presidente do país, José Ramos Horta.
O Conselho de Estado timorense é composto pelo chefe de Estado, o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, o presidente do Parlamento, Fernando La Sama de Araújo, e cinco elementos designados pelo Presidente timorense, bem como outros cinco designados pelo Parlamento nacional.
"Proclamo unilateralmente a independência"
O antigo Presidente de Timor-Leste Francisco Xavier do Amaral proclamou a independência do território a 28 de Novembro de 1975, refugiando-se passado nove dias na montanha após a invasão da Indonésia.
"A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente decreta e eu proclamo unilateralmente a independência", anunciou há quase 37 anos.
Nascido em 1973 em Turiscai, Same, no distrito de Manufai, Francisco Xavier do Amaral era o mais novo de seis filhos e morreu de doença prolongada, após ter sido internado, na semana passada, no hospital de Díli.
Casou e teve dois filhos, que viu morrer na luta pela restauração da independência do país.
Foi fundador e presidente da Associação Social-Democrática Timorense (ASDT), que se tornou mais tarde na Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).
Acusado de traição pelos seus companheiros, Francisco Xavier do Amaral foi capturado em 1978 pelos militares indonésios e mantido com termo de residência durante 22 anos na Indonésia.
Depois da restauração da independência, a 20 de Maio de 2002, regressou a Timor-Leste e, apesar de reabilitado pela Fretilin, decide refundar o seu próprio partido –ASDT.
Nas eleições legislativas de 2007, apresentou-se a escrutínio juntamente com o Partido Social Democrata conseguindo, ambos os partidos, 11 lugares no Parlamento.
Francisco Xavier do Amaral candidatou-se às presidenciais de 2002, ganhas por Xanana Gusmão, e às de 2007, que deram a vitória ao actual chefe de Estado, José Ramos Horta.
Xavier do Amaral morreu hoje, aos 78 anos. Foi também um dos fundadores da associação social-democrata timorense, que viria a transformar-se na Fretilin.
Era agora um dos candidatos às eleições presidenciais em Timor-Leste de dia 17. O representante da sua candidatura já afirmou que vão apoiar outro candidato, mas ainda não sabem quem.
"Estamos a pensar dar voto de confiança, mas ainda não decidimos a que candidato", afirmou Arlindo Marçal.
A campanha eleitoral começou a 29 de Fevereiro e termina a 14 de Março. Francisco Xavier do Amaral, internado há uma semana, não estava a participar nas acções.
A doença do primeiro Presidente timorense levou o Parlamento a reunir-se de emergência para alterar a lei eleitoral para o Presidente da República, que previa a marcação de uma nova data para as eleições por incapacidade ou morte de algum candidato.
Conselho de Estado timorense perde dois elementos em menos de um mês
O Conselho de Estado de Timor-Leste, órgão consultivo do Presidente timorense, perdeu dois elementos em menos de um mês, depois da morte dos conselheiros Francisco Xavier do Amaral, hoje, e de João Carrascalão, em Fevereiro.
Francisco Xavier do Amaral fazia parte do Conselho de Estado por ser o primeiro Presidente de Timor-Leste. João Carrascalão tinha sido designado pelo Presidente do país, José Ramos Horta.
O Conselho de Estado timorense é composto pelo chefe de Estado, o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, o presidente do Parlamento, Fernando La Sama de Araújo, e cinco elementos designados pelo Presidente timorense, bem como outros cinco designados pelo Parlamento nacional.
"Proclamo unilateralmente a independência"
O antigo Presidente de Timor-Leste Francisco Xavier do Amaral proclamou a independência do território a 28 de Novembro de 1975, refugiando-se passado nove dias na montanha após a invasão da Indonésia.
"A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente decreta e eu proclamo unilateralmente a independência", anunciou há quase 37 anos.
Nascido em 1973 em Turiscai, Same, no distrito de Manufai, Francisco Xavier do Amaral era o mais novo de seis filhos e morreu de doença prolongada, após ter sido internado, na semana passada, no hospital de Díli.
Casou e teve dois filhos, que viu morrer na luta pela restauração da independência do país.
Foi fundador e presidente da Associação Social-Democrática Timorense (ASDT), que se tornou mais tarde na Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).
Acusado de traição pelos seus companheiros, Francisco Xavier do Amaral foi capturado em 1978 pelos militares indonésios e mantido com termo de residência durante 22 anos na Indonésia.
Depois da restauração da independência, a 20 de Maio de 2002, regressou a Timor-Leste e, apesar de reabilitado pela Fretilin, decide refundar o seu próprio partido –ASDT.
Nas eleições legislativas de 2007, apresentou-se a escrutínio juntamente com o Partido Social Democrata conseguindo, ambos os partidos, 11 lugares no Parlamento.
Francisco Xavier do Amaral candidatou-se às presidenciais de 2002, ganhas por Xanana Gusmão, e às de 2007, que deram a vitória ao actual chefe de Estado, José Ramos Horta.
-- J. CHRYS CHRYSTELLO, Presidente da Direção, AICL, Associação [Internacional] dos Colóquios da Lusofonia - NIPC 5 COLÓQUIOS DA LUSOFONIA (AICL, ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL COLÓQUIOS DA LUSOFONIA) www.lusofonias.net
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