sexta-feira, 24 de agosto de 2012

antonio manuel da cunha belém

de diálogos lusófonos

ANTÓNIO MANUEL DA
CUNHA BELÉM

Médico militar, escritor, político, polemista: 1834-1905

Cunha Belém
São raros os homens que trabalham com ardor e entusiasmo
QUANDO TUDO ACONTECEU...
1834: Nasce no dia 17 de Dezembro, na cidade de Lisboa, filho de Manuel António da Cunha Belém e de Maria Angélica Amália de Sá Pereira Carneiro. 1853: Casa a 1 de Fevereiro com Madalena Emília do Carvalhal de Miranda da Silveira Vasconcelos. 1854: Nasce a 18 de Fevereiro o filho César. «As folhas caídas apanhadas a dente». 1856: Nasce a 25 de Junho a filha Esther. «Poesias». 1857: «Adeus! Ao insigne artista dramático Sr. Taborda». «Novas Poesias». 1858: Aprovado Nemine Discrepante nas disciplinas do 5.º ano de Medicina da Universidade de Coimbra. «Estreia literária: jornal recreativo» 1859: Ingressa a 19 de Setembro no Quadro dos Facultativos Militares e é colocado no Regimento de Infantaria n.º 11. Nasce a 10 de Dezembro o filho Basílio. 1860: «Adeus a Cassurães». 1861: Nasce a 12 de Dezembro a filha Clotilde. «Cenas contemporâneas da vida académica». 1865: «Onde está a infelicidade!». 1866: «O mau senso e o mau gosto: carta mui respeitosa». «Horácios e Curiácios ou mais um ponto e vírgula». 1867: «Les contemporains». 1869: «Le Grand Orient Lusitanien». 1870: A 18 de Maio é eleito Grande Secretário das Relações Externas da Maçonaria Portuguesa, cargo criado pela primeira vez. 1871: Promovido a Cirurgião Mor em 28 de Maio e é colocado no Batalhão de Caçadores 4. 1874: «História do Corpo Humano». 1876: A 30 de Junho é admitido na Classe de Ciências da Academia das Ciências de Lisboa. A 7 de Julho é eleito sócio ordinário da Sociedade de Geografia de Lisboa e recebe o n.º 101. Levada à cena a peça de sua autoria «O Pedreiro Livre», no Teatro do Ginásio, ainda antes da sua edição em livro. «Amores de Primavera». «Chuva e Bom Tempo». 1877: Congresso Internacional de Higiene em Viena d'Austria, em Setembro. «O Pedreiro Livre». 1878. Congresso Internacional da Higiene e Ciência Médico Militar, em Paris. 1879: Edição francesa de «O Pedreiro Livre», com tradução de Ernest Séguin. Congresso Periódico Internacional das Ciências Médicas, em Amsterdão. «A vida médica no campo de batalha». 1881: Congresso de Londres. «Os Arrozais». 1882: Congresso de Genebra. 1883: «Visconde de Paço d’Arcos». 1884: «Quinze dias na Holanda». 1885: «Luciano Cordeiro». 1886: «Os lazaretos terrestres de fronteira». 1887: «O desfalque da Câmara dos Deputados». 1888: Promovido a Cirurgião de Brigada a 1 de Fevereiro e colocado no Hospital Militar Reunido de Chaves, como director. «La prophylaxie internationale du choléra en Portugal». «Afirmações e dúvidas sobre os últimos progressos da Higiene». «Estudos sobre os Serviços Sanitários de Campanha». 1890: «Questões médico militares: estudo sobre os Quartéis». «Factos e comentos relativos à defesa sanitária». 1892: Promovido em 30 de Junho a Cirurgião de Divisão. 1894: «Questões médico militares: o material sanitário». «La faux choléra à Lisbonne». 1896: «Breves Noções de Higiene Militar». 1897: Promovido em 23 de Junho a Cirurgião em Chefe do Exército e Chefe da 6.ª Repartição da Direcção Geral da Secretaria da Guerra, lugar primeiro na hierarquia dos Médicos Militares. «Projecto de Regulamento para construção das Esquadras de Maqueiros». «A lição da experiência sobre o simulacro dos serviços sanitários». Em 11 de Setembro passa a ser designado Coronel do Corpo de Médicos Militares. «A Junta de Saúde e a Peste». 1900: «Escola Maria Pia: notícia para o Congresso Pedagógico». 1904: Em 24 de Dezembro passa à situação de Reserva. 1905: Morre, em Lisboa. 1910: Publica-se em Lisboa a sua obra póstuma «Lições explicativas de álgebra para a 7.ª classe».

AS ORIGENS
 
Nasce em Lisboa, em 17 de Dezembro de 1834, filho de Manuel António da Cunha Belém e de Maria Angélica Amália de Sá Pereira Carneiro. Casa, ainda estudante, com a idade de 18 anos, com Madalena Emília do Carvalhal de Miranda da Silveira Vasconcelos e nove anos depois já têm 4 filhos: César (18.02.1854), Esther (25.06.1856), Basílio (10.12.1859) e Clotilde (12.12.1861).

Este casamento em idade tão jovem, e o número de filhos nascidos, talvez possam explicar os vários pedidos de adiantamento de dinheiro apresentados à Repartição de Contabilidade, que se encontram no seu processo individual; a carreira médica militar que escolheu foi sempre mal paga, o que ajuda a entender o equilíbrio financeiro que se exigia e, por vezes, o recurso ao crédito a que o Dr. Cunha Belém se vê obrigado desde novo e até nos postos mais elevados.
Atente-se nos requerimentos que apresenta em 18.02.1879 e em 17.05.1881, nos quais solicita que lhe seja pago o vencimento do soldo, acrescido da gratificação a que tem direito por ser Deputado da Nação desde 1 de Abril de 1878…
Ou neste outro em que o Cirurgião em Chefe do Exército, Chefe da 6.ª Repartição, Augusto Carlos Teixeira de Aragão, solicitava ao Ministro que «seja concedida a medalha militar de prata de bons serviços ao Cirurgião de Divisão António Manuel da Cunha Belém porque tendo sido este cirurgião convidado pelo Ministro da Guerra a escrever um livro para o uso das Escolas Regimentais do Ministério da Guerra, o fez, sob o título «Breves noções de Higiene militar».E que como recompensa do zelo, superior ilustração e dedicação com que escreveu tão interessante obra, bem como outros importantes e múltiplos trabalhos, merece ser agraciado». E mais propunha que «lhe fosse conferida a Comenda da Antiga Nobilíssima e Esclarecida Ordem de São Tiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, porque em poucos peitos ficaria melhor colocada tão distinta venera», mas só «se lhe puder ser concedida isenta dos respetivos encargos pecuniários».



  leia mais no link das Vidas Lusófonas, em  http://www.vidaslusofonas.pt/cbelem.htm

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