quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Artista plástico brasileiro 'procura' origens da cerâmica açoriana


Artista plástico brasileiro 'procura' origens da cerâmica açoriana

by Eulália Moreno on Monday, 13 August 2012 at 17:24 ·
 O artista plástico brasileiro Lourival Medeiros, descendente de açorianos, está a estudar a origem da olaria no arquipélago dos Açores, num projeto que poderá culminar com o lançamento de um livro sobre o assunto.
“Pretendo saber como é que ela veio para os Açores. Até agora, consegui saber que vieram oleiros do continente, da região do Alentejo, de S. Pedro do Corval, onde pretendo ir para tentar saber melhor de onde vem a cerâmica açoriana”, afirmou o oleiro em declarações à Lusa.
Lourival Medeiros, que vive em Santa Catarina, no Brasil, mas descende de açorianos da ilha Terceira, assumiu que pretende utilizar todos os conhecimentos que adquirir neste projeto para editar um livro que será “um registo da cerâmica dos Açores”.

Inicialmente, este artista plástico estava a contar descobrir novas técnicas e conhecer melhor a cerâmica do arquipélago, mas deparou-se com uma atividade quase inexistente e acabou a partilhar os seus conhecimentos.
“Tive que reformular o projeto e aproveitar para passar o meu conhecimento para as pessoas da região”, afirmou, salientando que já realizou seis iniciativas de formação na Olaria Museu de Vila Franca do Campo, em S. Miguel.
Relativamente ao projeto de pesquisa das origens da olaria açoriana, Lourival Medeiros começou por S. Miguel, onde encontrou João da Rita, um dos últimos oleiros em atividade no arquipélago.
Para o oleiro brasileiro, é importante que se faça uma “aposta na formação dos jovens”, de forma a que se possa dar continuidade a “uma arte tão magnífica”.

Depois de S. Miguel, Lourival Medeiros pretende visitar a Terceira, o Pico e Santa Maria, onde afirmou existir “argila de qualidade”.
“Quero ter contacto com a argila de Santa Maria, que abastecia toda a região. Os oleiros açorianos usam agora argila que vem de Espanha, o que é uma pena porque a argila de Santa Maria é de altíssima qualidade e não está a ser valorizada”, frisou.
A fase seguinte deste projeto inclui uma deslocação a Lisboa para analisar os dados disponíveis em arquivos universitários na área da antropologia.

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