sexta-feira, 10 de agosto de 2012

JORGE AMADO NA GALIZA

SOBRE JORGE AMADO NA GALIZA – por José Martinho Montero Santalha*

*Professor catedrático de Língua e Literatura Galega na Universidade de Vigo e presidente da Associação Galega da Língua Portuguesa (AGLP).

Assinalo alguns dados que me vieram à memória (mas haverá outros provavelmente):

Em 1984 Francisco Fernández del Riego ocupou-se de Jorge Amado no seu livro Escritores de Portugal e do Brasil (Ed. do Castro, Sada – A Corunha 1984), num capítulo que intitulou «Jorge Amado e a Bahía» (pp. 203-207). Comenta os seis primeiros romances de Jorge Amado, os da chamada série de “Romances da Bahia”. O País do Carnaval (1931), Cacau (1933),Suor (1934), Jubiabá (1935), Mar morto (1936) e Capitães da areia (1937).

Em 1986 Edicións Xerais publicou uma versão “galega” da narrativa infantil O gato Malhado e a andorinha Sinhá: uma história de amor (aparecida em 1976), com o título O Gato Gaiado e a andoriña Señá: unha historia de amor. A versão, realizada por Xela Arias, era verdadeiramente infeliz (para além do próprio facto de pretender traduzir para galego um texto português), como bem mostrou, com abundantes exemplos, Alberto Garcia Vessada, no seu artigo de título irónico «Umha tarefa titánica: Jorge Amado em galego», em: Agália, núm. 9 (Primavera 1987), pp. 47-53. A crítica de Vessada deveu de ter influxo, porque, segundo creio, Ed. Xerais não reeditou o livro, e agora não se encontra no seu catálogo.

Creio lembrar que a Televisão Galega emitiu (deveu de ser arredor de 1990) a telenovela brasileira baseada no romance de Jorge Amado Gabriela, cravo e canela (1958), com os diálogos “traduzidos” para galego.

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