Segundo país pobre do mundo que mais reduziu taxa de mortalidade infantil
Lisboa - Timor-Leste foi o segundo país pobre do mundo que mais reduziu a taxa de mortalidade infantil nos últimos 20 anos, com uma diminuição de 70 por cento, conclui um relatório da UNICEF hoje divulgado.
No relatório "Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada", a agência das Nações Unidas para a infância sublinha os progressos registados nas duas últimas décadas, período durante o qual o número de mortes de menores de cinco anos diminuiu 41 por cento, de quase 12 milhões em 1990 para 6,9 milhões em 2011.
Entre os 20 países de baixos rendimentos com maiores reduções estão dois países de língua portuguesa: Timor-Leste, com uma diminuição de 70 por cento, e Moçambique, com uma quebra de 54 por cento.
Ainda assim, Moçambique é o 22.º dos 195 países analisados com maior taxa de mortalidade infantil (103 mortes em 1000 nados vivos) e Timor-Leste o 51.º (54).
Numa tabela liderada pela Serra Leoa, com 185 mortes por 1000 nados vivos, e em que San Marino surge com a mais baixa taxa (duas mortes por mil nados vivos), os países africanos de língua portuguesa estão todos, excepto Cabo Verde, entre os 30 piores.
A Guiné-Bissau é o sétimo país do mundo com mais mortes de menores de cinco anos (161 por mil nados-vivos) e Angola é o oitavo, embora a taxa angolana tenha diminuido 35 por cento desde 1990, de 243 para 158 em cada 1000 nados vivos, e a guineense 24 por cento.
São Tomé e Príncipe, o 28.º país da lista, registou 89 mortes por mil nados-vivos em 2011, apenas menos 8 por cento do que em 1990.
Cabo Verde, com 21 mortes por 1.000 nados vivos, é o melhor país africano de língua portuguesa, encontrando-se no 91.º lugar da lista de 195 países, e teve também uma das melhores reduções, de 63 por cento entre 1990 e 2011.
Já o Brasil, com uma taxa de 16 mortes por 1000 nados-vivos (menos 73 por cento do que em 1990), surge em 107.º lugar, enquanto Portugal, referido no relatório como um exemplo de sucesso, teve uma redução de 78 por cento nas duas últimas décadas e regista hoje uma taxa de mortalidade infantil de 3,4 por cento e é o nono país do mundo mais bem classificado.
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