segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Por uma Alternativa Europeia Crível

Por uma Alternativa Europeia Crível

ARTUR ALONSO 2 DE SETEMBRO DE 2012 0

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Sistema financeiro em colapso.

Seguimos a inchar a falta de liquidez dos bancos, desde a criação da mesma desde os bancos centrais Americano e Europeu, ate os mesmos bancos periféricos, criando a ilusão fictícia de solvência.

Banqueiros vigaristas tem usado a crise iniciada em 2007 e implodida em 2008, ajudados dos chamados “derivados” como armas de destruição e apropriação do património de milhares de milhões de pessoas por todo o mundo.

A descoberta de indícios de manipulação do Libor, que hoje são evidentes nos EEUU, por parte dos grandes banqueiros, também de momento não tem derivado em nenhum tipo de punição sobre os responsáveis de que mais de 60 milhões de pobres só nos EUA, siga em aumento.

Mas este tipo de comportamento não traz consigo nenhum tipo de ação por parte do Tribunal Penal Internacional, como sim no caso de uma guerra sobre o térreo. Também nenhuma nação vai tentar levar queixas a este tribunal internacional de justiça, pela simples ração de que o poder fático do mundo das finanças é imenso em todo o planeta, e mesmo em Ocidente esse poder já tem da sua mão, o poder real, dado todas as regras e leis que regem os sistemas económicos de EUA e a UE, são fabricadas por gente que no seu momento, teve o têm, ligações muito fortes com grandes corporações financeiras ocidentais.

Assim que não conhecem, os oligarcas sistémicos, outra solução que seguir inflacionando o sistema desde os bancos centrais, numa espécie de retro alimentação, que aliviou em seu momento a crise inicial, mas que vai trazer consigo um novo colapso sistémico a vista.

Em quanto, a Ordem Financeira Internacional, herdeira da velha Ordem Mercantil, que agora decidiu rematar com o sistema capitalista e entrar no novo Sistema das Rendas, ou Neo-Feudalismo, está a aproveitar a crise, para destruir o velho Estado Nação, destruir o antigo modelo do Bem Estar, ou Estado Providencia, assegurando-se o traspasso de todo bem publico ao sistema privado, ao mesmo tempo que está ruir o património de milhões de pessoas no mundo; a vez que está arrumando até a faixa mais baixa do tecido social a imensas capadas de despossuídos que ficam sem emprego, fogar e possibilidade de um digno futuro.

Recortes, Austeridade, são eufemismos que tentam esconder estes fatos.

A fraqueza das organizações de massas, a diversidade das mesmas, a falta de clareza das suas propostas, assim como a falta de união e criação dum programa de mínimos a nível Europeu… tem ajudado em grande medida a que os ataques da Oligarquia Financeira, não encontrem oposição com capacidade de lidar neste feroz embate.

A divisão nacional – ainda que virtualmente – é muito útil porem – em um contesto de regionalização mundial – aos grandes poderes da Ordem financeira global, para reduzir o impacto das protestas atuais e futuras, circunscritas a um marco nacional, que impossibilita pela mesma essência… do poder ficar sediado em Bruxelas… uma eficaz resistência ou oposição frontal, com garantias de manter combate, no nível adequado que seria, como é lógico, o Europeu.

Daí que as populações – com imenso sentimento de derrota – estejam realmente à procura de soluções individuais para sua subsistência.

O qual é muito maravilhoso para o Sistema: além de aumentar a pobreza, aumenta o clientelismo partidário.

Pois nada, de momento, se não criar alternativas credíveis a nível Europeu, vamos ficar todos observando como da noite a manha se apagam dos nossos olhos, as melhoras sociais, que custaram aos nossos pais e avôs imensos sacrifícios, de suor e sangue.

Mas por enquanto, tudo está atado é bem atado: sindicatos mais pendentes da sua sobrevivência como organização, partido de esquerda tentando pescar para suas filas algum peixe que outro, em marés revoltas… movimento cívico, cada vez mais divergente…

Só ajudam a diversificar alternativas, facilitando a grande ofensiva criminosa, dos Senhores das Finanças.

E, pois hora de que os que já somos os pobres da Europa vejamos mais alem do nosso nariz… criando uma alternativa pan-europeia dos povos.

Senão formos capazes: só fica a servidume ou a escravidão.

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