LENTO HOLOCAUSTO EM LUME BRANDO O que a abstração da crise esconde é terrível. E esconde-o há muito, muito tempo. Os protagonistas do Poder Oculto quando se referem aos que deles falam chamam-lhes Teóricos da Conspiração. Dá-lhes jeito! Quando um assunto me incomodar profundamente ataco o oponente e acuso-o de construir uma teoria da conspiração. Mas o que é o Poder Oculto? Os Mercados? Ou os Mascarados dos Mercados? As Multinacionais Químicas e Farmacêuticas ou os seus contrabandistas? As empresas ou as caras tapadas das Mega Fusões de Gigantes da Indústria? Todos esses, que ao fim e ao cabo são poucos, detêm perigosamente o poder sobre a vida da população mundial excedentária (para eles claro!). Com a evolução tecnológica, os avós ou os pais dos tiranos que alimentam a Ditadura dos Mercados perceberam que cada vez menos iriam precisar de nós. As máquinas, sejam elas quais forem, substituíram na grande maioria as funções o ser humano. Chegado a um momento em que os tiranos e os títeres colocaram na balança da vergonha a manutenção e crescimento do bem-estar da população mundial e a destruição de África e o início da matança do povo excedentário europeu. Optaram obviamente pelo segundo caminho para salvaguardar os seus múltiplos excessos. As matanças em África são já as protagonistas de longos capítulos da História Contemporânea. E os europeus? O povo que conquistara em 100 anos um certo bem-estar social que lhe permitira investir em Educação, Ciência, Cultura, tornou-se, genericamente, o alvo, o objetivo a abater. Como? Com uma estratégia de paciência dos tiranos e dos seus títeres. Ao não precisarem de nós porque as máquinas nos vão substituindo (e são mais baratas do que a manutenção da vida humana) o desemprego aumenta cada vez mais, chegando a atingir níveis insuportáveis para a sobrevivência. O que fazer? Os tiranetes ao serviço do Poder Oculto cortam o Estado de Bem Estar, reduzem tanto quanto vão podendo (e podem-no dia a dia) a Segurança Social, baixam drasticamente os valores das reformas, aumentam as contribuições do povo nos serviços de saúde, aumentam desmesuradamente os impostos (e anunciam-no com descaramento) retiram regalias adquiridas ao longo de um século e estabelecidas como direitos constitucionais, aumentam o preço final dos alimentos, barateando escandalosamente a produção e aumentando pornograficamente os lucros do seu séquito de malfeitores, criando dívidas impossíveis às famílias. Em suma: lançam o povo excedentário, primeiro para o desespero, depois para a fome; expulsam-nos das habitações; promovem, num jogo paradoxal, o vício do consumo alienante; exibem como troféu o que é inacessível à imensa maioria; e numa estocada final remetem-nos para a morte. Não é só a morte dos que já nada têm. Os que já nada têm são a imensa maioria. Os tiranetes estão a assassinar uma civilização, queimando-nos em lume brando, esturricando o nosso sistema nervoso (este ano, no regresso ao trabalho dos que ainda o têm, os níveis de stress atingiram máximos insuportáveis de aguentar). Eles não precisam de nós. Ou precisam cada vez menos de nós. A população mundial não pára de crescer, será necessário abater alguns milhares de milhões ao efetivo. E é o que estão a fazer. Este é o início de um processo terrível de Holocausto em Lume Brando. E uma vez que têm África controlada e quase dizimada, lançado o descrédito na civilização árabe, resta acabar com o povo europeu que, por conquistas sociais durante mais de um século, liderava o conhecimento e o saber e produzia condições de bem estar. Liderança aproveitada por uma quadrilha de perigosos assassinos para se manter eternamente no poder com tudo o que possam usurpar, extorquir, espoliar. É o que está a acontecer. Chegaram com pés de veludo. Como quem não quer a coisa. Colocaram nos poderes nacionais os seus títeres (nauseabundos, velhacos, mentirosos, vigaristas, saqueadores), quase todos eles com apelidos de famílias que apoiaram antigas ditaduras que também mataram e espoliaram. São os herdeiros dos verdugos, carrascos dos tempos que correm, uniformizados com gravata (uma espécie de trapo da mentira) incumbidos de incendiarem a grande pira europeia. O Holocausto desta coligação de super nazis iniciou-se. O que fazer? É óbvio que o sangue vai correr…
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