Leio no PGL: “Dois estudos de Carlos Garrido para o melhoramento, prestígio e progresso da língua galega, Por Joám Manuel Araújo” (http://www.pglingua.org/opiniom/3950-dois-estudos-de-carlos-garrido-para-o-melhoramento-prestigio-e-progresso-da-lingua-galega)
Leia então cada quem quanto e como quiser (espero, sinceramente, que sejam úteis a quem os ler); interessa-me só aqui salientar as refs. seguintes:
“Defende Garrido a elaboração de um (p. 721) “dicionário geral normativo do galego-português da Galiza4, e conforme o congenial e racionalizador modelo luso-brasileiro”, e mais
“Garrido insiste na necessidade (pp. 752 e seguintes) de “Um vocabulário de legítimos galeguismos (normativos), ou de particularismos lexicais galegos no seio da lusofonia”, também de “Um vocabulário de vozes freqüentes no galego dos actuais utentes cultos e que nom som admissíveis no padrom lexical” ou “proceder à reediçom com optimizaçom lexical de textos (literários) galegos ‘modernos’ que hoje sejam de interesse para um largo público, para o ‘leitor comum”;”,
e parece-me que isto toca diretamente à AGLP (a qual, naturalmente..., não é mentada para nada em todos esses escritos): a edição do seu/nosso Léxico (compartilhado já internacionalmente) e mais a coleção dos Clássicos (que continua brilhantemente a sua andaina);
pois, sinceramente, espero não ser paranoico se vejo aí um claro e espanhol “ninguneo”; não entendo essa absurda teima (pelo menos entre pessoas de boa vontade);
e isto leva-me a isto: vistos os vistos, o que cabe esperar então da colaboração AGLP-AGAL na atualização do dic. Estraviz? (pois suponho que a isso se refere o mencionado “dicionário geral normativo do galego-português da Galiza”);
remato: sobre a orientação geral dos textos recenseados, uma citação: “chamar-lhe língua galega ao que é língua portuguesa da Galiza para todo o âmbito lusófono é uma maneira de enganá-los, porque é uma maneira de fazer-lhes ver que isso não tem nada a ver com eles. Porque não se chama língua brasileira: chama-se língua portuguesa do Brasil. [...] Temos que ter uma instituição que para o resto do mundo lusófono seja claramente lusófona: língua portuguesa da Galiza, não língua galega” (J.M. Montero Santalha, V Colóquio Anual da Lusofonia, «Do Reino da Galiza aos nossos dias: a Língua Portuguesa na Galiza», Bragança, 12 abril 2006);
e engado que essa instituição existe hoje, e somos nós, académicas e académicos, trabalhadoras e trabalhadores, que não querem encher prateleiras académicas com mais volumes eruditos de currículo, ou investigar no feito por outrem, mas romper brecha, abrir portas, entrar, fazer nós mesmos; e para isso, na medida das nossas capacidades, há, tem que haver, um lugar para cada uma e para cada um;
abraços
Carlos
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