terça-feira, 20 de dezembro de 2011

notícias da educação em portugal


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Num cenário de crise económica e fiscal, a OCDE quis analisar o impacto da crise financeira na educação. À data do estudo, não foi possivel medir o impacto a longo prazo, mas retiraram-se logo algumas conclusões importantes das quais destacamos:
i) em regra, todos os países tendem a proteger o sector da educação, tentando minorar o impacto negativo da crise na educação. Alguns países, aumentaram o financiamento em sectores específicos por forma a acelerar os resultados e eficiência educativa. Mesmo em países em que se verificou uma redução de investimento público, os efeitos, à data do estudo, eram bastante específicos e concentrados, variando conforme os sectores educativos. Constatou-se também, que alguns Governos, entendem a educação como um instrumento de resposta à crise, apostando, assim, na formação de capital humano nestas conjunturas.
ii) nos países em que se encontram Reformas Educativas em curso, a crise não afectou o seu planeamento e execução;
iii) analisado o caso Irlanda, um país com longa tradição de aposta na educação em que cerca de 81% dos alunos jovens completam o secundário e cerca de 60% seguem os estudos no ensino terciário, e que já estava mergulhada numa crise profunda à data do estudo, o Governo apostou em medidas que asseguram a máxima eficiência com comprovada efectividade e value for money (accontability e prestação de contas). Diz-se no estudo da OCDE que a Irlanda, não obstante a redução de investimento público, manteve o compromisso com qualidade educativa e formação dos jovens.
Fica assim, o exemplo dum Estado sujeito a severas medidas orçamentais em que existe liberdade de escolha e um serviço publico de educação alargado. No caso concreto da Irlanda, em que a maioria das escolas públicas são privadas, o Estado não deixou de determinar regras excepcionais em situações de emergência e não se demitiu de adaptar as prioridades educativas às necessidades do país, mesmo quando já atingiu uma taxa de abandono escolar muito baixa, próxima dos 10% (Portugal tem cerca de 30%). Para quem quiser conhecer o sistema de Escolha da Escola na Irlanda, regras de financiamento publico e reforma educativa nos anos 90, bem como as medidas resultantes das actual crise económica e objectivos propostos, convidamo-lo a ler o nosso novo Dossier – Escolha da Escola na Irlanda.
Fica ainda o estudo The Impact of the Economic Recession and Fiscal Crisis on Education in OECD Countries onde se encontram exemplos de países em que a Educação ganha fundamental relevância para o desenvolvimento e relançamento social encorajadores de que conjunturas de crise são propensas a reformas educativas, comcorreta utilização dos escassos fundos públicos.

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Diário de Educação


Nuno Crato enterra reforma dos governos de Guterres
O documento que orienta o básico desde 2001 será substituído por metas curriculares centradas nos conteúdos que alunos devem dominar. Público, 14 Dez 2011.


Francisco Vieira e Sousa - O meu haircut
O MEC apresentou anteontem a sua proposta de revisão da estrutura curricular. Deixo a respectiva avaliação aos especialistas, mas confesso um forte desconforto pelo modo como matérias desta importância e complexidade são decididas. Correio da Manhã, 14 Dez 2011.


'No evidence' for England's schools falling behind
There is no hard evidence that schools in England are slipping behind other countries, says an academic study. BBC News, 7 Dez 2011.


UK students lack global outlook, says British Council
Business leaders are warning that students in the UK are lagging behind in developing an international outlook needed for a globalised economy. BBC News, 8 Dez 2011.


Catholic faith schools in academy switch
Dozens of faith schools in England are preparing to switch to become academies in the next six months. BBC News, 3 Dez 2011.


Mais uma reforma curricular para tudo ficar na mesma?
É uma interrogação pertinente e legítima, sabendo o que se passou com as anteriores. Como se sabe (?), o diário da república é um vasto cemitério de leis. E pouco ou nada adianta fazer as engenharias curriculares e mandá-las aplicarurbi et orbi. Blogue Terrear, 13 Dez 2011.


Reforma. Crato reduz horas lectivas e centra “o aluno no mais importante”
A passagem do ensino do Inglês a regime obrigatório por cinco anos a partir do 2.o ciclo; o reforço das disciplinas de Matemática, Português, Geografia e História e a supressão da disciplina de Formação Cívica são os principais pontos da revisão curricular ontem apresentada pelo ministro da Educação. IOnline, 13 Dez 2011.


Ministério vai reforçar tempos lectivos de ciências, fisico-química, história e geografia
No 3º ciclo, haverá um reforço dos tempos lectivos de Ciências Naturais, Físico-Química, História e Geografia, segundo a reforma de estrutura curricular apresentada esta segunda-feira pelo ministro da Educação, Nuno Crato. Público, 12 Dez 2011.






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