quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Melhor Educação para o Emergir da África


África 21 - DF
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11/01/2012 - 09:30

Unesco lança iniciativa “Melhor Educação para o Emergir da África”

Fórum Mundial para a Educação, em Londres, apresenta novo projecto para África e sublinha que qualidade da educação é direito humano essencial.
Da Redação, com rádio ONU
 
Londres - Uma vez por ano, durante alguns dias, ministros da Educação de todo o mundo, são convidados pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, para um encontro. Juntos, eles traçam as linhas mestras que guiam professores, profissionais da educação e alunos em todo o globo.

Este ano, o Fórum Mundial para a Educação decorre em Londres, até esta quarta-feira (11), sob o lema: “Aprender com o Melhor para Mudar o Mundo”.

A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, aproveitou a atenção dos participantes e delegações para sublinhar uma série de pontos que a organização considera “nãonegociáveis” quando se trata de preparar a geração futura para os desafios do mundo.

De acordo com Bokova, a educação, além de um direito humano básico essencial, é um dos motores para o sucesso económico, já que uma sociedade educada promove o desenvolvimento sustentado e investir nessa educação é uma forma de investir numa solução para a crise.

Segundo a responsável da Unesco, em 2000, o número de crianças que nunca foram à escola registou uma descida em 37 milhões e a diferença entre raparigas e rapazes nas escolas também diminuiu. Uma prova, indica a Unesco, de que apostar em políticas corretas e investir bem dá frutos.

No entanto, a agência recorda que, em 2007, quase 70 milhões de crianças não estavam inscritas em escolas primárias e um valor semelhante de adolescentes não frequentava o ensino secundário.

Para Irina Bokova, este é um cenário negativo. Esses valores contribuem para que, neste momento, existam quase 800 milhões de adultos que não sabem ler ou escrever no mundo. E dois terços desses adultos são mulheres.

Não só os número podem ser sinistros. Bokova fala também dos quase dois milhões de professores necessários para que um esquema de educação primária universal seja atingido no mundo no ano 2015 e recorda que ter “uma educação” não chega.

É preciso ter uma educação que corresponda ou tenha relevância para com os objetivos pessoais de cada um. E aqui entram os problemas relacionados com as desigualdades na riqueza, género humano, etnia, linguagem, entre outros. Há que coordenar a educação com a necessidade.

A Unesco decidiu lançar a iniciativa “Melhor Educação para o Emergir de África” numa tentativa de colocar o continente em linha com as necessidades da aprendizagem do século 21. Para isso, a agência da ONU é apoiada pela Coreia do Sul e focou as atenções na República do Congo, Botsuana, Malauí, Namíbia e Zâmbia.

A ideia é educar de acordo com as necessidades por setores: agropecuária. turismo, minas e construção civil, sublinhando a participação dos grupos mais desfavorecidos.

Outros 15 países também estão na Lista da Unesco, mas estes vão ter de adaptar a Educação Técnica e Vocacional às necessidades do mercado do trabalho. Os países vão do Camboja, na Ásia, ao El Salvador, na América Latina.

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