Garcia da Horta dizia(1) (séc. XVI): “Não me contradigam textos de autores, aquilo que vi com os meus olhos”, isto é, mais vale o que se vê do que o que se conta.
(1)Garcia (Avraham) de Orta nasceu em Castelo de Vide por volta de 1500. Os seus pais eram judeus, expulsos de Castela em 1492 e baptizados à força em 1497, aquando da conversão maciça ordenada por D. Manuel I. Estudou Medicina em Salamanca e Alcalá de Henares, em Castela, e em 1523 regressou a Castelo de Vide, onde exerceu medicina durante algum tempo. Foi professor de Lógica na Universidade de Coimbra e em 1534 partiu para a Índia. Aí contactou com médicos indianos e árabes, o que motivou o seu interesse pelo estudo das plantas utilizadas na medicina indiana. Sobre essas escreveu a sua obra "Colóquios dos Simples e Drogas e Coisas Medicinais da Índia". Morreu em 1568. Depois da sua morte foi julgado pelo Tribunal do Santo Ofício (Inquisição), por praticar a religião judaica, e condenado à fogueira. O seu corpo foi desenterrado e queimado. |
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