segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Católica e Nova entre as 40 melhores da Europa


Católica e Nova entre as 40 melhores da Europa

Pedro Quedas  
05/12/11 00:00
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Escolas de negócios portuguesas marcaram maiores subidas no ‘ranking’ europeu do Financial Times.
No espaço de um ano, a Católica-Lisbon School of Business & Economics e a Nova School of Business & Economics catapultaram-se para a elite do ensino superior europeu, aparecendo ambas no top 40 da edição de 2011 do ‘ranking' europeu de escolas de negócios do Financial Times, que será divulgado hoje.
Mais do que apenas as posições conseguidas, destaca-se neste ‘ranking' a velocidade com que as escolas portuguesas escalaram esta hierarquia. Com uma subida de 29 posições, a Católica-Lisbon passou do 62º para o 33º lugar, enquanto que a Nova SBE passou da 73ª posição para a 39ª, naquele que foi o maior salto na edição deste ano do ‘ranking'.
"Como portugueses, devemo-nos sentir muito orgulhosos", afirma Fátima Barros, directora da Católica-Lisbon. "As duas escolas subiram extraordinariamente no ‘ranking', num tempo de crise. Precisamos de notícias encorajadoras", defende a dirigente.
Também José Ferreira Machado, director da Nova SBE, valoriza a presença de duas instituições portuguesas em lugares tão elevadas no ‘ranking' europeu. "Numa altura de tanta tristeza, é um motivo de alegria nacional. Temos duas escolas portuguesas no top 40 e ficámos à frente de escolas famosíssimas como Cambridge", aponta.
Apesar de ambas as escolas estarem a contar com uma subida no ‘ranking', a velocidade com que o fizeram acabou por ser surpreendente. Fátima Barros lembra que o objectivo de estar entre os 20 melhores no sector dentro de dez anos, anunciado em 2009, "é agora um objectivo credível".
Ferreira Machado traça também objectivos ambiciosos para o futuro da sua escola, ao anunciar a intenção de chegar ao top 10 das escolas de negócio europeias dentro de cinco anos. "Será difícil, mas estamos a meio caminho", lembra.
Impacto dentro e fora de Portugal
O primeiro impacto positivo que estas subidas nos ‘rankings' trazem prende-se com a captação de alunos, "tanto nacionais como estrangeiros. Mostra ao país que é possível termos projectos de excelência internacional", defende Ferreira Machado. Já Fátima Barros destaca a melhoria que espera que esta subida traga na procura pelos programas de mestrado da Católica-Lisbon. "Este ano triplicámos a procura dos nossos mestrados por parte de alunos estrangeiros. No próximo ano espero que seja ainda maior", aponta a directora da escola de negócios, ao mesmo tempo que lembra que "este ano conseguimos 30% de alunos estrangeiros no programa, o que é muito enriquecedor ao nível da diversidade e da criação de um verdadeiro ambiente multicultural".
Para além da realidade concreta do aumento da procura, esta boa notícia para o ensino superior português pode funcionar igualmente como uma mensagem simbólica para quem gere o financiamento do ensino superior público em Portugal. Para Ferreira Machado, pode ser um argumento persuasivo para o Governo que, mesmo não gastando mais, no contexto de contenção que vivemos, pode contribuir para fortificar os melhores projectos.
"As medidas de austeridade do Governo atingem particularmente os melhores", critica o director da Nova SBE. "30% dos meus professores são estrangeiros, sendo essa uma das principais razões para a nossa subida no ‘ranking'. Eles não percebem quando lhes digo que não vou poder cumprir com os salários prometidos. Eu esperaria que o Governo percebesse que, ao tratar todos da mesma forma, está a prejudicar os melhores".
França e Espanha no topo
Quando olhamos para as escolas que ocupam o topo do ‘ranking' das escolas europeias, uma das principais tendências que se destaca é o domínio das escolas francesas. Tal como em 2009 e 2010, a HEC Paris volta a ocupar o lugar no topo da classificação, seguida do Insead, que ultrapassou este ano a London Business School, do Reino Unido, que desce do segundo para o terceiro lugar. A fechar o top 10, aparece a francesa Essec Business School, que ocupava a 14ª posição em 2010.
Também em destaque no primeiro escalão das escolas de negócio estão as instituições espanholas, que ocupam três lugares entre as dez primeiras. A IESE Business School ocupa actualmente a quarta posição, numa subida significativa em relação ao nono lugar conseguido em 2010, com a IE Business School a aparecer na sexta posição e a Esade Business School na sétima.

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