domingo, 1 de janeiro de 2012

brasileiro quer falar brasileiro?


 
Não acham que Brasileiro deveria falar brasileiro e os portugueses, português.Options
rednav
Posted: Saturday, July 17, 2010 4:00:10 PM
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Nos brasileiros somos muito acomodados, não somos de tomar decisões vitais em nossas vidas, somos muito de copiar o que já foi feito por alguem e/ou cultura. Como todo brasileiro, tenho o meu sanguinho lusitano(e até bem recente) mas acho que já está na hora de alguém liderar esta questão, eu aqui neste momento, estou levantando-a. Desde o império latino, alguém com garra, creatividade, amor próprio e etc. liderou o desejo de um povo que se ramificava apartir do gigante, originando as línguas que hoje entendemos serem "línguas romances" italiano, francês, espanhol, português e romeno além de dar suporte e enriquecimento à várias outras, inclusive em grande parte ao inglês. Sou brasileiríssimo, vivendo fora do nosso querido Brasil já a mais de 20 anos(sempre desejando um dia poder retornar). Infelizmente não tenho muito sentimento positivo (sem generalizar, ficando raríssimas exceções) aos cidadãos da nossa pátria mãe, pois pensam que são seres majestosos. A diferença entre nossas linguas: O brasileiro e o português, são ao meu ver, fortes o bastante para a Academia Brasileira de Letras, junta com as autoridades capacitadas, dar ao povo brasileiro, o prazer em dizer que "falo brasileiro, brasilis, brasílio ou etc". O mundo(escolas de idiomas, tecnologia e etc.) que refere à nossa lingua, a intitula "português brasileiro" "brazilian portuguese", não acham que é um tanto extenso como nome de um idioma e ainda estarmos(200.000.000 de brasileiros) submetidos às aprovações de Portugal (10.000.000 de portugueses) sempre que precisamos adotar qualquer mudança em nossa língua? Está aqui algo para todos que lerem este texto, cogitar um pouco sobre o assunto. Por favor, civilizadamente comentem sobre o meu ponto de vista. Obrigado.
fernanda
Posted: Tuesday, July 20, 2010 8:52:46 PM
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Respeito muito sua opinião e concordo com você quando fala que damos um só nome (português) a línguas diferentes. A bem da verdade, creio que são duas variedades de uma mesma língua, as semelhanças são mais numerosas que as diferenças, mas estas não podem ser negadas. Há sim um sentimento, já bastante reconhecido, de que falamos brasileiro.
Mas, sinceramente, não considero essa uma questão lingüística e sim política.
Para nós, falantes, pouco importa a nomenclatura utilizada, o uso é que nos interessa, a língua viva.
Também discordo que o fato de aceitarmos o emprego do termo “português”se deva a nossa apatia política, não discuto se ela é verdadeira ou não, mas afirmo que o feito não é exclusividade nossa. O que diremos dos norte-americanos que não falam “americano” e sim inglês e os argentinos, uruguaios, chilenos, bolivianos que falam espanhol; é a herança dos colonizadores que os colonizados trataram de se apropriar e fazer dela o que lhes aprouvesse. A língua talvez seja o legado mais importante da colônia e o único que realmente continua pulsante entre os antigos colonizados. Mas ninguém pode dizer que ela (a língua) é propriedade dos colonizadores, pois o utente é proprietário e propriedade da língua.
A língua portuguesa é tão minha quanto é de Camões ­ e é sua também.
Se a variedade européia e a brasileira são chamadas de português, isso é decisão política, assim como seria chamar de brasileiro todas as variedades lingüísticas coexistentes no Brasil. As nomenclaturas não dariam conta da heterogeneidade da língua. Isso é apenas uma tentativa de unificar o que não é passível de unificação.
Desculpe pelas delongas, pensar sobre língua e linguagem me estimula... É uma de minhas paixoes.
E obrigada pela oportunidade de comentar sobre o assunto.
Brazuca
Posted: Tuesday, October 12, 2010 9:17:53 AM
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Concordo sim com a postura do rednav, acho que o governo brasileiro, especialmente agora com o respeito crescente do mundo pelo Brasil, tem a obrigação moral em continuar contribuindo para elevar a auto estima do nosso povo o que inclui entre tantas outras coisas, uma identidade própria e com isso nada mais importante que essa questão, o idioma que falamos neste país, com isso certamente seria o passo incial para que o brasileiro comece a desenvolver uma cultura mais patriótica, o que precisamos ver mais no nosso povo.
A diferença entre o nosso e o deles(portugueses) é muito grande em termos de conversação, concordância, significados de muitas palavras e sem falar dos sotaques. Acredito que a Fernanda que numa postura muitíssimo bem colocada e sofisticada, porém falhou no exato ponto em que o rednav observou, o fato de que nós brasileiros estamos sempre copiando o que outras culturas e/ou países estão fazendo. Seria essa questão válida apenas se os espânicos e americanos adotassem nomes próprios para seus idiomas, abandonando seus colonizadores? Gostaria sim, de poder dizer oficialmente: falo brasileiro, brasílis, brasílio, tupiniquim ou qualquer coisa parecida.
Gênio
Posted: Wednesday, December 01, 2010 2:53:08 PM
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Interessante, eu nunca tinha de fato pensado nisso, nós uma grande nação, agora com mais de 190 milhões de brasileiros, soberana, subdesenvolvida e corrupta, com um povo arredio e mal educados e vistos por nossos colonizadores como povo inferior a eles e se somos(o que talvez somos mesmos) devemos a esses gloriosos e hipócritas essa herança maldita. Dito isso, acho que realmente o rednav tem toda razão, estou com voce "véi". Acho que ainda podemos recuperar os valores e comportamento de uma nação civilizada e de repente isso podesse trazer mais auto estima e patriotismo com voce disse.
Poweruman
Posted: Tuesday, February 01, 2011 2:25:34 PM
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O português chegou ao Brasil a bordo das naus portuguesas, no Século XVI, para se juntar à família lingüística tupi-guarani, em especial o Tupinambá, um dos dialetos Tupi. Os índios, subjugados ou aculturados, ensinaram o dialeto aos europeus que, mais tarde, passaram a se comunicar nessa “língua geral” - o Tupinambá. Em 1694, a língua geral imperava na então colônia portuguesa, com características de língua literária, pois os missionários traduziam peças sacras, orações e hinos, na catequese.

Com a chegada do idioma iorubá (Nigéria) e do quimbundo (Angola), por meio dos escravos trazidos da África, a Corte Portuguesa queria garantir uma presença política maior. Uma das primeiras medidas que adotou, então, foi obrigar o ensino da Língua Portuguesa aos índios.

POR LEI, nossa língua se chama língua brasileira desde a década de 40, porém não ganhou força nem impulso do povo brasileiro para se fazer.
Gil
Posted: Tuesday, March 01, 2011 5:17:09 PM

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Desculpe, mas acho isso uma bobagem. E por acaso o Americano do Norte fala o que? Inglês ou Americano? Que tal, "American English"? E nem porisso morremos... Português ou Brasileiro, como queiram, o fato é que já provamos por "A" mais "Bê" a qualidade e o vigor de nossas letras. O problema atual é o péssimo ensino, daqui a pouco, nem Português, nem Brasileiro, só grunhiremos.
rednav
Posted: Thursday, March 03, 2011 2:53:18 PM
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Alô pessoal, já fazia muito tempo que não passava por aqui. Sou quem originou o tópico, e é incrível quantos estiveram aqui e tão poucos replicaram. Gostaria de agradecer a todos por uma forma ou outra, gostaria de principalmente comentar sobre o comentário do Gil. Amigo, esse é o meu exato ponto, nos brasileiros somos incapazes de iniciar uma debate como esse e acima de tudo levá-lo à prática sem que os Americanos especialmente, façam algo parecido primeiro, ou seja, nos lidere. Isso revela também, sinais de um povo sem personalidade.

Se os Britânicos por alguma razão, algum dia ferirem o sentimento Americano e a harmonia vigente entre ambos se abalar, com isso os Americanos decidirem que apartir dali o indioma da terra (que pra o seu saber, o inglês não é língua oficial dos EstadosUnidos, inclusive é talvêz o único país que não tem língua ofical, sabia?) será "AMERICANO" (o que existem aqui e alí, americanos que dizem falar Americano), no dia seguinte o Brasil inteiro começará também a falar que devemos falar "BRASILEIRO" no Brasil. Isso se não quiserem adotar o Inglês como língua oficial tupiniquim, pois como hoje usam tantas palavras em inglês na rotina diária aí no Brasil! um absurdo e ridículo, quantos Americanos e Europeus já comentaram para mim, que acham isso ridículo, isso sem falar que a pronúcia e sotaque, sonoriza de uma forma horrível.


Meu Amigo, eu vivo nos Estados Unidos já há mais de 20 anos, falo o inglês relativamente bem, tenho dupla cidadania, meus filhos nasceram aqui e além de inglês, como eles mesmos dizem, falam BRASILEIRO (sem nenhuma arrogância) melhor que muitos brasileirinhos vivendo no Brasil. Desculpe me se lhe ofendi GILÃO, diante das experiências desagradáveis que tive com a maioria dos portugueses aqui, levou-me a pensar nessa questão. Devo lembrar que conheço(não amigos) alguns portugueses e os vejos como pessoas maravilhosos, mas são 2 ou 3 entre centenas de desagradáveis que conheço, quem sabe você seria o quarto????????????? Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel Angel




rednav
Posted: Thursday, March 03, 2011 3:08:10 PM
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Poweruman wrote:
O português chegou ao Brasil a bordo das naus portuguesas, no Século XVI, para se juntar à família lingüística tupi-guarani, em especial o Tupinambá, um dos dialetos Tupi. Os índios, subjugados ou aculturados, ensinaram o dialeto aos europeus que, mais tarde, passaram a se comunicar nessa “língua geral” - o Tupinambá. Em 1694, a língua geral imperava na então colônia portuguesa, com características de língua literária, pois os missionários traduziam peças sacras, orações e hinos, na catequese.

Com a chegada do idioma iorubá (Nigéria) e do quimbundo (Angola), por meio dos escravos trazidos da África, a Corte Portuguesa queria garantir uma presença política maior. Uma das primeiras medidas que adotou, então, foi obrigar o ensino da Língua Portuguesa aos índios.

POR LEI, nossa língua se chama língua brasileira desde a década de 40, porém não ganhou força nem impulso do povo brasileiro para se fazer.




Lindo Power Boy

Posição imparcial, sábia e sofisticada.
Muitíssimo obrigado.



rednav
Posted: Thursday, March 03, 2011 3:09:47 PM
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Gênio wrote:
Interessante, eu nunca tinha de fato pensado nisso, nós uma grande nação, agora com mais de 190 milhões de brasileiros, soberana, subdesenvolvida e corrupta, com um povo arredio e mal educados e vistos por nossos colonizadores como povo inferior a eles e se somos(o que talvez somos mesmos) devemos a esses gloriosos e hipócritas essa herança maldita. Dito isso, acho que realmente o rednav tem toda razão, estou com voce "véi". Acho que ainda podemos recuperar os valores e comportamento de uma nação civilizada e de repente isso podesse trazer mais auto estima e patriotismo com voce disse.



Gênio, continue dando suas lavancadas.

Obrigado.





rednav
Posted: Thursday, March 03, 2011 3:12:17 PM
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Brazuca wrote:
Concordo sim com a postura do rednav, acho que o governo brasileiro, especialmente agora com o respeito crescente do mundo pelo Brasil, tem a obrigação moral em continuar contribuindo para elevar a auto estima do nosso povo o que inclui entre tantas outras coisas, uma identidade própria e com isso nada mais importante que essa questão, o idioma que falamos neste país, com isso certamente seria o passo incial para que o brasileiro comece a desenvolver uma cultura mais patriótica, o que precisamos ver mais no nosso povo.
A diferença entre o nosso e o deles(portugueses) é muito grande em termos de conversação, concordância, significados de muitas palavras e sem falar dos sotaques. Acredito que a Fernanda que numa postura muitíssimo bem colocada e sofisticada, porém falhou no exato ponto em que o rednav observou, o fato de que nós brasileiros estamos sempre copiando o que outras culturas e/ou países estão fazendo. Seria essa questão válida apenas se os espânicos e americanos adotassem nomes próprios para seus idiomas, abandonando seus colonizadores? Gostaria sim, de poder dizer oficialmente: falo brasileiro, brasílis, brasílio, tupiniquim ou qualquer coisa parecida.



Brazuca,

Voce parece dividir também a mesma visão.

Obrigado,

Rednav.




rednav
Posted: Thursday, March 03, 2011 3:16:53 PM
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fernanda wrote:
Respeito muito sua opinião e concordo com você quando fala que damos um só nome (português) a línguas diferentes. A bem da verdade, creio que são duas variedades de uma mesma língua, as semelhanças são mais numerosas que as diferenças, mas estas não podem ser negadas. Há sim um sentimento, já bastante reconhecido, de que falamos brasileiro.
Mas, sinceramente, não considero essa uma questão lingüística e sim política.
Para nós, falantes, pouco importa a nomenclatura utilizada, o uso é que nos interessa, a língua viva.
Também discordo que o fato de aceitarmos o emprego do termo “português”se deva a nossa apatia política, não discuto se ela é verdadeira ou não, mas afirmo que o feito não é exclusividade nossa. O que diremos dos norte-americanos que não falam “americano” e sim inglês e os argentinos, uruguaios, chilenos, bolivianos que falam espanhol; é a herança dos colonizadores que os colonizados trataram de se apropriar e fazer dela o que lhes aprouvesse. A língua talvez seja o legado mais importante da colônia e o único que realmente continua pulsante entre os antigos colonizados. Mas ninguém pode dizer que ela (a língua) é propriedade dos colonizadores, pois o utente é proprietário e propriedade da língua.
A língua portuguesa é tão minha quanto é de Camões ­ e é sua também.
Se a variedade européia e a brasileira são chamadas de português, isso é decisão política, assim como seria chamar de brasileiro todas as variedades lingüísticas coexistentes no Brasil. As nomenclaturas não dariam conta da heterogeneidade da língua. Isso é apenas uma tentativa de unificar o que não é passível de unificação.
Desculpe pelas delongas, pensar sobre língua e linguagem me estimula... É uma de minhas paixoes.
E obrigada pela oportunidade de comentar sobre o assunto.



Fernandinha,

Voce me parece ter profundo conhecimento nesta questão de forma igualável, porém nunca superável. Você devia continuar aqui e assumir a liderança, gostaria muito de poder contar com suas paradas por aqui de vez em sempre.

Obrigado.

Rednav.



deirumori
Posted: Thursday, April 14, 2011 9:58:12 AM
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Location: Portugal
Quando este tópico de discussão foi aberto, estava a acontecer uma coisa que parece ter passado despercebida aos meus amigos brasileiros: a assinatura de um acordo ortográfico que reduz a língua portuguesa às normas brasileiras. Neste momento, oficialmente, o português é o português do Brasil. Se o português vier a ser adoptado como mais uma das línguas oficiais das Nações Unidas, será apenas na sua versão brasileira, embora proposta por iniciativa do governo português.
Apesar das vossas queixas passadistas (complexo de inferioridade despropositado?) acerca do ex-colonizador, é curioso verificar como se fala aqui de português de Portugal e português do Brasil sem qualquer espécie de referência ou consideração pelo português de Angola, de Cabo Verde, de Moçambique, da Guiné, de Timor, da Galiza... e por aí fora.
Os meus amigos parecem estar um poucochinho virados para o próprio umbigo...
Não tenho a mínima dúvida de que o brasileiro, embora sendo ainda tecnicamente português (apesar de tudo a linguística ainda é assim uma espécie de ciência, ou não?), se encontra já a milhas do português de Portugal. Tenho de confessar que no que respeita a softwares, Wikipedias, dicionários, etc., cada vez que tento consultar os artigos brasileiros acabo sempre por desistir e prefiro consultar as versões inglesas, porque como português de Portugal não percebo patavina dos textos de brasileiro (se tenho de usar a palavra "deletar" em vez de "apagar", então prefiro usar o software inglês - é mais coerente e fácil de entender para mim, ao contrário do "brasinglês").
Uma língua não é apenas um monte de palavras e sintaxe - é também uma cultura e uma maneira de pensar; cada povo tem a sua, e certamente o angolano se distingue do brasileiro não só pelo sotaque mas também pela própria construção do raciocínio assente na língua usada.
A economia e as leis de mercado mais brutais imperam hoje em dia; o mercado brasileiro é maior que todos os outros mercados lusófonos juntos; a economia brasileira tornou-se poderosa - portanto, segundo a lógica economicista actual, o brasileiro passou a imperar política e normativamente. O novo acordo ortográfico constitui uma espécie de agressão imperialista sobre todas versões de português. É um pouco triste que seja um país como o Brasil, que tem lutado contra a ingerência externa, contra o superdomínio económico, contra a escravidão economicista, a tomar uma iniciativa destas, desprezando um grande número de povos irmãos.
Afinal de contas, com ou sem diferenças linguísticas, não seria bom que nos entendêssemos todos bem e nos respeitássemos mutuamente?
Anônimo
Posted: Thursday, April 28, 2011 1:08:36 AM
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Location: Brazil
deirumori wrote:
Quando este tópico de discussão foi aberto, estava a acontecer uma coisa que parece ter passado despercebida aos meus amigos brasileiros: a assinatura de um acordo ortográfico que reduz a língua portuguesa às normas brasileiras. Neste momento, oficialmente, o português é o português do Brasil. Se o português vier a ser adoptado como mais uma das línguas oficiais das Nações Unidas, será apenas na sua versão brasileira, embora proposta por iniciativa do governo português.
Apesar das vossas queixas passadistas (complexo de inferioridade despropositado?) acerca do ex-colonizador, é curioso verificar como se fala aqui de português de Portugal e português do Brasil sem qualquer espécie de referência ou consideração pelo português de Angola, de Cabo Verde, de Moçambique, da Guiné, de Timor, da Galiza... e por aí fora.
Os meus amigos parecem estar um poucochinho virados para o próprio umbigo...
Não tenho a mínima dúvida de que o brasileiro, embora sendo ainda tecnicamente português (apesar de tudo a linguística ainda é assim uma espécie de ciência, ou não?), se encontra já a milhas do português de Portugal. Tenho de confessar que no que respeita a softwares, Wikipedias, dicionários, etc., cada vez que tento consultar os artigos brasileiros acabo sempre por desistir e prefiro consultar as versões inglesas, porque como português de Portugal não percebo patavina dos textos de brasileiro (se tenho de usar a palavra "deletar" em vez de "apagar", então prefiro usar o software inglês - é mais coerente e fácil de entender para mim, ao contrário do "brasinglês").
Uma língua não é apenas um monte de palavras e sintaxe - é também uma cultura e uma maneira de pensar; cada povo tem a sua, e certamente o angolano se distingue do brasileiro não só pelo sotaque mas também pela própria construção do raciocínio assente na língua usada.
A economia e as leis de mercado mais brutais imperam hoje em dia; o mercado brasileiro é maior que todos os outros mercados lusófonos juntos; a economia brasileira tornou-se poderosa - portanto, segundo a lógica economicista actual, o brasileiro passou a imperar política e normativamente. O novo acordo ortográfico constitui uma espécie de agressão imperialista sobre todas versões de português. É um pouco triste que seja um país como o Brasil, que tem lutado contra a ingerência externa, contra o superdomínio económico, contra a escravidão economicista, a tomar uma iniciativa destas, desprezando um grande número de povos irmãos.
Afinal de contas, com ou sem diferenças linguísticas, não seria bom que nos entendêssemos todos bem e nos respeitássemos mutuamente?










Costumeiramente não gosto de participar de debates como este, mas como o nosso amigo deirumori fez algumas referências que me deixou um tanto curioso, senão vejamos: Como se trata de dois países democráticos, neste caso é mais do que justo e democrático que seja assim, não podemos (nós brasileiros) permitir que 10 milhões de portugueses ditem as regras do jogo para quase 200 milhões de brasileiros, essa percepção era pra ter sido enterrada a quase 200 anos atrás durante "O grito do ipiranga". Usando a palavra "adoptado" aqui, para brasileiros, quase nos faz imaginar que de fato (de facto)é português ou não esteja mesmo no seu estado normal, por parecer que voce talvêz esteja mesmo querendo dizer DOPADO.

Existe aqui no Brasil uma concepção absolutamente errada, a de que portugueses são "burros", eu acho que essa veio pra provar a todos nós brasileiros mais uma vêz de que essa é uma posição um tanto preconceituosa, ora! o que se pode imaginar de um povo que à margem de testemunhar sua lingua centenária ser praticamente extinta, resolve sugerir que um país de crescente importância no mundo como o Brasil(livre de qualquer arrogância), seja incluída como língua oficial na ONU o idioma nele falado, o "português", mas aposto qualquer coisa que se fosse o "Brasileiro, Brasilis, Brasílio ou qualquer coisa assim, nenhum português estaria oferecendo tal sugestão.

deirumori, é comovente a compaixão, a solidariedade, a preocupação, a fraternidade que subtamente surgiu pelos povos de Portugal ex-colônias, eles são nossos irmãos e dividem conosco também em parte esta frustração por conta de políticos corruptos que nada fazem e só recebem pra manter o curso atual.

Enconte em sua própria confissão a resposta de que realemte estamos diante de duas línguas distintas o que lhes simplesmente acostumarem em ouvir e/ou ler que no Brasil falamos brasileiro e que nada explica a razão por tanta chatiação, mas senão o temor de sentir que o português já não é uma idioma tão grande assim.

Meu querido, é absolutamente óbvio e isso qualque brasileiro de baixo QI entende que por serem brasileiros por traz de quase tudo que se produz pelas e para as fontes que você citou são brasileiros e brasileiro nenhum vai tentar produzir para você e seus patrícios qualque material, não só porque não nos agrada o estilo, mas porque o retorno financeiro é duvidoso. If you have a good command of the english language, I suggest you to keep using it instead, because for you to learn Brazilian it could be a little more difficult, so make your life easier, quit sources such as this one: TheFreeDictionary.com, wikipedia, quit using computer all together, because it was designed for us and at largely by us.

Estive a algum tempo em Portugal e não vi nada muito diferente do que se vê por aqui, mesclagem liguística e tão comum quanto aqui e talvêz pior. Estive nos Estados Unidos no ano passado e através de amigos, pude testemunhar algum sentimento hostil em alguns portugueses referente aos brasileiros, percebi também que a grande maioria daquele que conheci, não ensinam portugues ao filhos e que eles próprios gerenciam uma mescla perfeita do "portenglish", onde toda segunda palavra é inglês. Amigo deirumori, aqui no Brasil chamamos isso de HIPOCRISIA, caso voces não tenham tal palavra. Vamaos traduzí-la então para o inglês HYPOCRACY.

Bem, você além de linguistico é também economista e historiador e além disso se tornando melancólico e nostálgico? é muito pra mim, vou dormir Tchaaaaaaaaaaaaaauuuuuuu!!!!!!!
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