1. um poeta-ministro das finanças , fev.º 10, 1972
Um poeta-ministro das finanças
seria uma calamidade económica.
Se houvesse um ciclone
não importaria o vento nas frestas do ministério
haveria subvenções aos desgraçados dos “bidonvilles”.
Quando houvesse um terramoto
seriam salvos os soterrados mais pobres
para terem uma vida (MAIS) decente.
Os ricos pagariam mais impostos
miseráveis, pedintes, velhos
seriam a elite do desafogo.
Os novos teriam subsídios de amor.
Os industriais da guerra passariam a lavradores
para ninguém morrer de fome.
Num país assim os poetas seriam desnecessários
para dar corpo a tal mito.
Mas é urgente descobrir um poeta
REPITO
É INDISPENSÁVEL UM SÓ!
PARA MINISTRO DAS FINANÇAS.
fevº 1972, chrys chrystello
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