Já sabíamos que o número de alunos que não concluíram o secundário aumentou em 2011 e que o insucesso escolar também aumentou no ensino profissional. Ontem foram publicados os resultados dos exames nacionais de 2012, obrigando-nos a reflectir seriamente sobre eles. A título prévio avançamos com duas considerações: 1) mesmo nas disciplinas em que o resultado foi positivo, a média Nacional nunca se afastou dos 55% no ensino básico ou dos 10 valores no ensino secundário (excepto a Português no 6ª ano que foi de 59% e a desenho A no secundário que foi de 12.2%). 2) A percentagem de alunos com notas negativas é preocupante (25% a LP, 44% a Matemática no 6ª ano, 36% a LP e 45% a Matemática no 9ª ano) e nas quatro provas mais concorridas do secundário, Português, Matemática, Biologia e Fisico-Quimica, os resultados foram negativos. Estes resultados remetem-nos imediatamente para a nossa Newsletter sobre as "Escolas Satisfaz" que aborda uma possível origem para estes indicadores.
Chegados a Julho de 2012 ainda não foi possível apurar o custo por aluno nas escolas estatais em Portugal, não se ponderou o custo resultante do insucesso nem tão pouco se duscutiu a possibilidade de existirem respostas mais eficientes. Estes resultados são o espelho de um sistema com falta de equidade e de qualidade, pouco transparente e com um défice na prestação de contas.
Mas queremos deixar uma nota positiva: existem caminhos alternativos que asseguram bons resultados! Saiba como a Austrália enfrentou os mesmos problemas e deficiências em 2008, quando o Governo conferiu autonomia e liberdade de educar às escolas, fazendo com que elas se reinventassem e assumissem metas de excelência e de equidade para todos fazendo nascer as Escolas Inteligentes. Mas para isso acontecer é essencial ter a coragem suficiente para se dizer: Basta!...
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