quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ANGOLA E TIMOR LESTE


Angola terá brevemente embaixada em Timor-leste, diz diplomata timorense

De acordo com Elda Ferreira, a abertura de uma embaixada angolana em Dili poderá acontecer logo depois das eleições legislativas em Timor-Leste, no próximo mês de Junho.
Da Redação, com agência
 
Luanda – Angola terá “brevemente” uma representação diplomática em Timor-Leste, no quadro dos esforços que Luanda e Dili fazem para “repor as históricas relações deprivilégio” que unem os dois países.

Afirmação foi feita quarta-feira, em Luanda, pela encarregada de Negócios da embaixada do Timor-Leste em Angola, Elda Ferreira, entrevistada pela Angop a propósito da preparação das eleições presidenciais a terem lugar no seu país, no dia 17 do próximo mês.

De acordo com Elda Ferreira, a abertura de uma embaixada angolana em Dili poderá acontecer logo depois das eleições legislativas em Timor-Leste, no próximo mês de Junho.

“Posso garantir que depois das eleições legislativas de Junho (em Timor-Leste) Angola terá uma embaixada residente, porque este país tem uma história própria nas relações de Timor-Leste com o resto do mundo”, disse a diplomata.

Esta história de privilégio existente entre os dois países, explicou Elda Ferreira, “começou a ser escrita” em 1975, quando, neste ano, Angola se tornou no primeiro país a reconhecer a independência do Timor-Leste.

Seguidamente, em resposta à ocupação indonésia doTimor-Leste, o Estado angolano aceitou a abertura de uma representação diplomática de Timor-Leste, elevando a categoria de embaixada a representação da Frente de Libertação de Timor-Leste (Fretilin), tendo como embaixador Roque Rodrigues, de 1975 a 1999, que viria a serministro da Defesa em 2002.

Entretanto, a embaixada teve de ser encerrada “temporariamente” devido a “alguns problemas financeiros” levando a “esfriar um pouco” o grau das relações entre os dois países, “apesar desta situação”, explicou a diplomata, Angola e Timor cooperam em áreas da Defesa, Segurança e Comunicação Social.

“O que aconteceu é que naquele período (1975-1999) a embaixada funcionou graças ao apoio do estado angolano que financiou as actividades (da missão diplomática), principalmente com o empenho pessoal do falecido ministro (angolano) das Relações Exteriores, Paulo Teixeira Jorge”, disse Elda Ferreira.

De momento, com recursos financeiros totalmente timorenses, a missão diplomática está a reabilitar o edifício no bairro Miramar, em Luanda, onde funcionará a embaixada do país asiático, o mais novo membro da CPLP.

O embaixador de Angola em Singapura, Fidelino Loy de Jesus Figueiredo, também trata dos assuntos relacionados com Timor-Leste.

Segundo Elda Ferreira, devido a esta aproximação, o seu país aceitou com “satisfação” que Angola integrasse a delegação de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que vai monitorar as eleições presidenciais do próximo dia 17 de Março.

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