Segundo um texto de Sérgio Lavos , publicado no Blog http://arrastao.org/2467197.html , Camões/Camoens não apoia o antigo acordo ortográfico. E diz mais...Eu gostaria de sinceramente saber por que razão MVC, crítico do novo Acordo Ortográfico, acha que esta - e outras, já agora - alteração irá afetar a pronúncia das palavras, quando os exemplos mostram precisamente o contrário: que a língua falada existe independentemente da regra escrita. E que quase sempre é a gramática que terá de seguir as mudanças que ocorrem na língua falada. E não, não vou usar o batido argumento do latim que ainda poderíamos falar, caso contrário ainda teria de regredir até ao grego ou à proto-língua de onde nasceram todas as ocidentais. Apresentarei antes outro: o da arbitrariedade das regras gramaticais. Por amor de Saussure, as crianças aprendem a língua que lhes ensinam. Conviria a MVC, o crítico do novo Acordo Ortográfico, demonstrar por que é que ele acha que "as futuras gerações de portugueses na Europa" serão altamente prejudicadas pelo AO. Qualquer gramática prescritiva, por muito próxima que esteja de uma regra comum, tem buracos que a língua falada tapa. Dito de outro modo: nenhuma gramática conseguirá abarcar na totalidade a variedade e a riqueza linguística de uma língua. Portanto, é tão prejudicial para "as futuras gerações" o acordo de 1911 como o de 2011. Tudo é relativo? Não, a poesia não é. A poesia e a grande literatura que, com acordo ou sem ele, continuarão a ditar o que é belo na língua portuguesa. Ou não saberão Manuel Villaverde Cabral,Vasco Graça Moura e todos os galantes defensores do Acordo de 1911, que "todo o mundo é composto de mudança"? |
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MARGARIDA CASTRO IN DIÁLOGOS LUSÓFONOS
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