Moçambique - O contágio da crise portuguesa
O Aeroporto Internacional de Maputo recebe em média 40 portugueses por dia.
Redação revista África21
Brasília - Emigrantes à procura do trabalho que escasseia no seu país, mas também empresários portugueses, desembarcam cada vez mais no aeroporto de Maputo. Uns e outros são empurrados pela crise financeira na qual Portugal está mergulhado.
De acordo com os media locais, o Aeroporto Internacional de Maputo recebe em média 40 portugueses por dia. E, de facto, o Consulado Geral de Portugal em Maputo tem registado um aumento nas inscrições consulares desde 2010.
A cônsul-geral de Portugal em Maputo, Graça Gonçalves Pereira, admite que um número razoável de portugueses desloca-se inicialmente para explorar oportunidades, mas que posteriormente pode decidir não permanecer em Moçambique. «Entre os que ultimamente se têm inscrito no Consulado, há uma maioria de gente jovem e na faixa etária até aos 30 anos, bem qualificada do ponto de vista profissional. Embora se note também que há portugueses de todas as idades e profissões que aqui procuram desenvolver as suas atividades», refere.
Uns deslocam-se com a intenção de procurar emprego, outros chegam para ocupar cargos em empresas lusas estabelecidas em Moçambique. Existe o segmento dos empreendedores interessados em expandir os seus negócios para mercados emergentes. A esmagadora maioria ainda se concentra em Maputo e nas imediações, embora já se observe um número crescente de pessoas a procurar oportunidades em outras províncias. «Penso que esta tendência se acentuará. Na realidade, não só as oportunidades já existentes nas províncias por vezes serão mais simples de gerir como, adicionalmente, os grandes projetos espalhados pelo país criam novas oportunidades, de pequenos ou mesmo médios negócios, que há que saber aproveitar», explica Graça Gonçalves Pereira.
Formando os portugueses a maior comunidade estrangeira em Moçambique, esta é também a mais diversificada em termos de valências, abrangendo diversas profissões e especializações. Aliás, é possível encontrar desde terapeutas da fala a pilotos, massagistas ou arquitetos. Uma diversidade que constitui, sem dúvida, uma mais-valia para Moçambique.
Leia na íntegra o artigo de Helga Neida Nunes, na edição de fevereiro da África21
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