566. Sem perfume de caju, ao urbano bettencourt 18 janeiro 2013
na humidade da savana
no calor da tabanca
tange urbano a sua harpa
palavras aceradas como o vento suão
batuque abafado na bolanha
longe do país de bufos e beatas[1]
traduzes as sílabas de morte e vida
rumores desse cheiro de áfrica
que nunca conseguiste lavar
colado na pele que esfregas
com napalm e metralha
nem com as chuvas da monção
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