terça-feira, 22 de janeiro de 2013

CURSOS A EVITAR

Se for capaz convença o seu filho a não tirar um destes 10 cursos
O desemprego não pára de aumentar, mas há cursos superiores que não ajudam nada quem anda em busca de trabalho.

Com base nos dados constantes no site da Forum Estudante, e que resultam do tratamento da informação colocada pelas instituições de ensino superior naquela plataforma online, criou-se um ranking dos cursos com mais saída, até aos que têm menos. Os dados apresentados referem-se a 2011. Veja aqui algumas das licenciaturas que menos saída profissional têm.

1. Filosofia. Por muito atrativo que seja estudar o pensamento de Aristóteles, Sócrates ou Platão, a verdade é que as saídas profissionais para os licenciados em Filosofia são cada vez mais estreitas. A ideia (errada) de que se trata de uma disciplina perfeitamente dispensável nos dias que correm afasta-a das preferências de muitos alunos. A taxa de empregabilidade entre os licenciados da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa nesta área está pouco acima dos 16%.

2. Radiologia. Os cortes na saúde não são boa notícias para que escolheu Radiologia como via profissional. É que este é um dos cursos com mais alta taxa de desemprego pós-licenciatura. No curso do Instituto Politécnico de Coimbra, apenas 30% dos estudantes que terminaram o curso conseguiram colocação no mercado de trabalho.

3. Relações Internacionais. Foi um curso muito popular durante os anos de 1990. A plena integração europeia e a internacionalização e globalização económica deram asas à licenciatura. Mas os tempos de ouro já lá vão há muito. Atualmente, o desemprego atinge cerca de 50% dos licenciados que tiram este curso na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

4. Ciências da Comunicação. Os cursos de comunicação social foram-se multiplicando à mesma velocidade que o mercado se ia contraindo e muitas publicações fechavam portas. O programa acabou por se ir alargando às assessorias mediáticas, permitindo mais algumas saídas profissionais. Mas, nos dias que correm, é uma escolha de alto risco, com altíssimas taxas de desemprego. No curso disponível na Escola Superior de Viseu, por exemplo, apenas 52% dos licenciados conseguiu começar a trabalhar. Mas desde então, o mercado estreitou-se ainda mais.

5. História. Um dia vai ser preciso alguém para contar toda a história dos tempos conturbados que se vivem em Portugal. Mas atualmente, tirar o curso de História é um passo de gigante para o desemprego. Pelo menos para quem quiser exercer a atividade. A vertente do ensino está praticamente fechada e a investigação apresenta idênticas dificuldades de acesso. Aproximadamente metade (55%) dos formados em História pela Universidade de Lisboa não conseguem trabalho na área.

6. Psicologia. Aqui está outra licenciatura que, eventualmente, poderá ainda vir a ser muito útil aos portugueses. No entanto, a realidade atual é de que se trata de um curso com cada vez menos saída profissional, com altas taxas de desemprego entre os licenciados. No Instituto Superior da Maia (ISMAI), por exemplo, apenas 31% dos licenciados entrou no mercado de trabalho, segundo os dados da Fórum Estudante. No entanto, o ISMAI contesta esta interpretação e revelou ao Dinheiro Vivo que como resultado da implementação do processo de Bolonha, os/as licenciados/as em Psicologia não estão habilitados/as a exercer a prática profissional.

A prática autónoma da Psicologia só é possível com a realização de 2 ciclos de formação universitária: um primeiro ciclo com a duração de 3 anos (Licenciatura) e um segundo ciclo com a duração de 2 anos (Mestrado). Após estes 5 anos de formação é exigida ainda a realização de 1 ano de prática tutelada pela Ordem dos Psicólogos Portugueses. Ou seja, um licenciado não pode começar logo a exercer.

O ISMAI diz ainda que em 2005 foi publicado um relatório de avaliação externa da Licenciatura em Psicologia da instituição, elaborado pelo extinto CNAVES, que apresentava como pontos fortes do curso "o elevado grau de empregabilidade dos licenciados em áreas da Psicologia".

7. Bioquímica. A Bioquímica, anteriormente chamada de química biológica ou fisiológica, é uma ciência interdisciplinar que estuda principalmente a química dos processos biológicos que ocorrem em todos os seres vivos. É voltada principalmente para o estudo e tecnologia da estrutura e função de componentes celulares. Mas não tem muita saída. A taxa de sucesso dos licenciados em Bioquímica na Universidade Nova de Lisboa anda pelos 15,3%.

8. Línguas e Literaturas. Nem com o novo Acordo Ortográfico o curso de Línguas e Literaturas consegue ter mais saídas profissionais. Uma vez mais, a vertente ensino está completamente esgotada e a única hipótese para quem é formado nesta área parece ser mesmo sair da «zona de conforto». É que na Universidade de Lisboa, a título de exemplo, apenas 25% dos licenciados nesta área conseguiu emprego.

9. Estudos Europeus. É verdade que nunca se falou tanto de Europa como atualmente, mas a verdade é que esta é uma licenciatura com pouquíssimas hipóteses de saída profissional. Na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a taxa de licenciados nesta área a conseguir emprego era de 18%...

10. Ciências Bioanalíticas. É o curso com menos possibilidades de saída profissional. Tem competências multidisciplinares com aplicação em áreas analíticas e pré-clínicas de controlo da qualidade alimentar, ambiental, agro-ambiental, de produtos farmacêuticos e cosméticos, de águas, efluentes e solos, bem como de análises químico-biológicas de aplicação ao diagnóstico clínico e toxicológico. Só existe da Universidade de Coimbra e a taxa de empregabilidade em 2011 era de apenas 15%.

Se quiser consultar toda a lista dos cursos com maior e menor empregabilidade ela está aqui: http://www.forum.pt/component/formacao/?tdb=empreg&view=rankings&itemid=345.
Se for capaz convença o seu filho a não tirar um destes 10 cursos
www.dinheirovivo.pt
O desemprego não pára de aumentar, mas há cursos superiores que não ajudam nada quem anda em busca de
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