quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

CONFERÊNCIA EM ANGOLA




INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO METROPOLITANO DE ANGOLA

II CONFERENCIA INTERNACIONAL DO IMETRO

A EDUCACAO SUPERIOR PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL

TENDENCIAS E DESAFIOS ACTUAIS DE ANGOLA

Luanda, 29 – 30 de novembro de 2012

Comunicação

Titulo

“Na onthilo n’ ovanthu. A educação superior em Angola perante os alicerces bantu.”

Resumo

Pais que registou, nos últimos anos, um extraordinário crescimento da sua população estudantil, a todos os níveis, Angola engajou enormes esforços na formação do pessoal docente e de enquadramento administrativo, na construção de infraestruturas, na edificação de bibliotecas, na expansão da Tela, na distribuição de manuais e outros suportes bibliográficos, etc.
Essas iniciativas devem, igualmente, dar atenção aos inputs que constituem os fundamentos da educação tradicional, que e, fundamentalmente, bantu, quer dizer concordantes. E, o grande trunfo do pais.

A dezena de grupos bantu angolanos perpetuou o conceito de educar, atestado na língua pre-dilectal, há 4000 anos, e que Malcolm Guthrie certifica como to learn, aprender, propondo os radicais, - yig – e yuugud -.
E, assim que o continuum dará vários adjetivos, substantivos e verbos.
E confirmado a noção de arte de educar, formar ou instruir em

    Kikongo: longesa, songa, songela

Kimbundu: longa, sasa,

Ovimbundu: olongusu vytima

Lunda/luba/cokwe: longesa, longa

Nyaneka-humbe: teta ombungo

Essas expressões cobrem dezena de conceções tais como aprender algo, aprender a fazer algo, aprendiz, obter conhecimentos pelo estudo, desenvolver faculdades intelectuais, etc.

Essas ideias são codificadas em provérbios, máximas, ditados, adágios e outras modalidades da tradição oral, que devem, numa sã dinâmica de reapropriação, substituir os lemas, em latim, das nossas universidades.

E assim que

Os Ovambo opinam que “Um ser humano amestrado esta cindido em duas frações: uma para ele; a outra para a sua aldeia”.

Quanto aos Ganguela constataram que “Um ignorante sacrifica um bem seguro por um bem prometido”.

Em suma, as tradições bantu cujo realça tem um impacto, profundamente, ontológico, servirão, sem duvida, de alicerces para uma educação superior duradoira em Angola.
Por
Simão SOUINDOULA
Historiador e Perito da UNESCO
Consultor do CICIBA
C.P. 2313 Luanda (Angola)
Tel. : 929 79 32 77

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