quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

crítica de Bagão Félix ao AO1990

Bagão "Governo quis ser mais 'acordês' do que o acordo, agora é a confusão"
Após o Brasil ter anunciado a intenção de adiar para 2016 a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, o ex-ministro das Finanças Bagão Félix, volta a atirar farpas ao Governo com refinada ironia, acusando-o, num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no Jornal de Negócios de ser “mais ‘acordês’ do que o acordo”, pelo que “agora está instalada a confusão”.
Governo quis ser mais 'acordês' do que o acordo, agora é a confusão
DR
POLíTICA
O Executivo português ratificou o novo acordo ortográfico em 2008, sendo que estava previsto que o Brasil o fizesse ao abrir do pano de 2013. Porém, o país irmão do outro lado do Atlântico decidiu agora recuar nessa intenção, alegando um senador brasileiro que “o acordo é uma colcha de retalhos e está muito confuso”, cita o economista Bagão Félix num artigo de opinião que assina hoje no Jornal de Negócios.
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O responsável considera, neste contexto, que “cá, o Governo na altura da ratificação (2008) quis ser mais ‘acordês’ do que o acordo, tendo determinado a sua aplicação apressada no sistema educativo e em todas as entidades públicas”. Agora, prossegue o ex-ministro, “está instalada a confusão”. Até porque também Angola ainda não aprovou o acordo.
Desta feita, salienta o economista em tom crítico, “em vez de nos preocuparmos em combater a indigência gramatical que se vai tornando a norma, acelerámos a entrada em vigor de um acordo que empobrece a língua portuguesa optando pela unicidade da estúpida prevalência do critério fonético” e aqui abre um parêntesis questionando “por que razão o h não foi às malvas”.

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