Docentes portugueses com contratos para Timor podem partir "de imediato"
Um total de 120 professores portugueses inseridos no Projeto de Formação Inicial e Contínua de Professores de Timor-Leste, uma parceria estabelecida entre Díli e Lisboa, viram hoje os seus contratos serem oficializados numa cerimónia que teve lugar em Lisboa.
Ao contrário do que se passou em 2011, a documentação necessária foi concluída em "tempo recorde", o que vai permitir que estes docentes possam partir "de imediato" rumo a Timor e "retomar as suas funções a tempo do arranque do ano letivo timorense", disse à agência Lusa Ana Paula Laborinho, presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.
"No ano passado tivemos maior dificuldade em colocá-los no terreno, mas este ano estamos a conseguir que muito cedo, e coincidindo com o início do ano letivo em Timor, já tenhamos todas as condições para que eles possam retomar as suas funções", afirmou.
Ana Paula Laborinho precisou que o principal objetivo dos docentes portugueses passa pela "formação e acompanhamento pedagógico" dos professores locais.
De acordo com a responsável, trata-se de um "modelo inovador da cooperação portuguesa" que vai ter um "efeito multiplicador" e, como tal, será "fundamental para o desenvolvimento do setor educativo timorense".
Oriundos de várias universidades, estes docentes portugueses são maioritariamente jovens, mas há também alguns com experiência, inclusive de terreno.
Trata-se de professores das "mais variadas áreas", que vão "todos ensinar em português" e que podem "cobrir áreas de ensino muito diversas", precisou Ana Paula Laborinho.
A presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua lembrou que o projeto é coparticipado pelo Estado timorense e foi desenhado "de acordo com as necessidades e condições" das autoridades timorenses.
Essa gestão partilhada revela "também uma maturidade cada vez maior das instituições do Estado timorense para poderem já responder às suas necessidades, defini-las e escolher os parceiros que estão em melhor posição para concretizar esses projetos", apontou Laborinho.
A responsável lembrou ainda que a "parte timorense assume metade de todos os custos, não só ao nível logístico", mas também na comparticipação nos vencimentos dos professores".
Essa é "outra inovação", destacou Ana Paula Laborinho.
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