O
que eu gosto destes casos! O maestro Miguel Graça Moura foi a
julgamento por gastos de dinheiros públicos indevidos. O homem gastou
uns bons milhares de euros com despesas tais como joias, a ‘playboy’,
lingerie, charutos, ou resumindo numa frase que o meu pai usa para estes
casos: gastou dinheiro que não era dele em putas e vinho verde. Até
aqui tudo bem, ou tudo mal se ele não for para a prisão refletir entre
quatro paredes que aquilo que se gasta que não é nosso apenas tem um
nome: roubo. Mas o curioso no meio disto tudo, para além de ficarmos de
boca aberta quando lemos que gastou dinheiro num passeio de balão no
Quénia por 3243, 72, gastou 699,00 em lingerie, roupão e camisas de seda
na Tailândia (mas elas lá não trabalham nuas?), e 1014 em charutos em
Cuba, como dizia, o que me espanta depois de tudo isto é a justificação
dele. Pois bem, meus caros leitores, este animal diz em jeito de
justificação o seguinte: ‘relativamente às despesas podem achar
esquisitas mas foram bons atos de gestão’. Bons atos de gestão, como
assim? Bem, se calhar para exercer bem as suas funções de maestro para
nos dar musica precisava de ir às putas, andar de balão, fumar charutos,
se calhar precisava, mas o que eu gostava mesmo era que fosse ver o sol
nascer aos quadradinhos e que um preso, que goste de musica, claro, se
faça passar por puta tailandesa e o sodomize, que esta gente mete-me um
nojo real. Deixei de ter paciência para quem rouba a sociedade e depois
fica com ar de cachorro abandonado como se tivessem a ser alvos de uma
grande injustiça. Nunca fazem nada de mal. São sempre uns injustiçados. E
para que se saiba, esta besta quadrada ganhava a modica quantia de 7800
euros mensais. Agora diz que anda de carro alugado e vive numa casa
alugada e que tem a carreira destruída. Uma pena. Oh cutxi-cutxi,
festinhas no bebé que ele precisa.
E
este país está assim porque há vários Migueis Graças Moura que estão
anos e anos a gastar o que não é deles e só depois de provocarem danos é
que são afastados, quando são. Uma cambada de gatunos. Ah, e estou a
esquecer-me de algo muito importante: gastou dinheiro num body e numa
saia no Porto, em perfumes e até um anel para o pé. Moderno e romântico,
este tipo. Do mais romântico que pode existir, mas eu pergunto: como
esteve tanto tempo a gastar o que não era dele? Mas não há nenhum órgão
que fiscalize quem gasta dinheiro públicos? Ao primeiro body porque não
se colocou o maestro a dar música na casa dele? À primeira puta
tailandesa porque se deixou que ele se mantivesse? Achariam que era uma
atividade cultural estar em cima de uma mulher a quem se paga com
dinheiro dos contribuintes? Quem é que sabia e nada fez? Se os gastos
decorreram entre 1996 e 2000 e se sabe onde ele gastou cada tostão,
estou certa que ele não deveria ser o único a sentar-se no banco dos
réus. As gentes não se mudam de o dia para noite, não mudemos os órgãos
de fiscalização e veremos este país a afundar cada vez mais. Enfim, isto
tira-me do sério. Vou tomar um chá de camomila. Que estou a precisar.
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
MAESTRO CORRUPTO COM PENA SUSPENSA
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